Com a queda nos dois primeiros meses do ano, o trimestre fecha com custo do vestuário em baixa, revela pesquisa do IPCA.
Repetindo o desempenho exibido no primeiro trimestre de 2014, a categoria vestuário (que inclui tecidos, calçados e jóias) encerrou o mesmo período em 2015 com preços em baixa, apesar do aumento de 0,59% registrado em março, assinala a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ontem, 8 de abril, com os resultados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do mês. De janeiro a março, o custo da categoria para o consumidor ficou mais barato em 0,71%, enquanto a inflação geral subiu para 3,83%, agravada pelo aumento de 1,32% apontado em março, a maior parte do qual correspondendo aos reajustes na conta de energia elétrica.
A queda nos dois primeiros meses do ano foi acentuada, quando comparada ao mesmo período de 2014, assim como o salto de preço em março, época em que as lojas começam a renovar as vitrines, foi expressivo. Com exceção de calçados que tenderam à estabilidade em março (com discreto recuo de 0,03%), os demais itens que compõem a cesta de vestuário monitorada pela pesquisa do IBGE ficaram mais caros em relação ao mês anterior.
O custo do tecido vendido no varejo vem saltando fortemente desde janeiro, atingindo em março reajuste de 1,07%. Mas, foram as roupas femininas e para crianças que mais pressionaram a inflação do setor em março, com aumentos de 1,31% e 1,10%, respectivamente, em relação a fevereiro. O preço de jóias e bijuterias teve alta de 0,48% e as roupas masculinas aplicaram aumento de 0,20%. No trimestre, apenas tecidos, jóias e bijuterias assinalaram preços maiores que o primeiro trimestre de 2014, com aumento de 2,55% e 1,93%, respectivamente. Os demais itens ficaram mais baratos na comparação com o primeiro trimestre de 2014.
Entre as 13 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia foram as mais caras em março, aplicando aumento de 1,23%, 0,94% e 1,13%, por essa ordem, em relação a fevereiro. Em outras sete cidades, o aumento variou de 0,10%, em Porto Alegre (RS) a 0,87% em Vitória (ES). Apenas Salvador (BA), Recife (PE) e Campo Grande (MS) apresentaram queda de preços de 0,57%, 0,47% e 0,16%, respectivamente, sobre o mês anterior, mostra a pesquisa do IBGE.