O Brasil também fabricou mais têxteis em setembro, em nível acima do que cresceu a indústria em geral, segundo pesquisa do IBGE.
Em reação à superqueda de agosto, a produção de vestuário no Brasil aumentou 6,6% em setembro. Não chegou a anular o recuo de 7,5% verificado no mês anterior, mas colocou o segmento de volta ao estado positivo no acumulado do ano. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) mostram que a indústria de roupas apresentou a segunda maior alta da atividade como um todo em setembro. Perdeu para móveis, cuja produção subiu 9,4% no mês, em relação ao anterior.
O aquecimento estendeu-se à indústria de artigos têxteis. A alta do segmento foi, porém, menor. As fábricas produziram 2,2% a mais sobre agosto, somando dois meses seguidos de crescimento. Os resultados da pesquisa foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira, 1º de novembro.
Embora a produção tenha retraído em 15 ramos industriais, o aumento de ritmo das demais 11 atividades analisadas pela pesquisa sustentaram expansão, ainda que pequena, de 0,3%. Sobre setembro de 2018, a maioria da indústria aponta para avanço. No geral, o acréscimo de produção foi de 1,1%. O aumento do setor de têxteis ficou alinhado com esse índice, apresentando alta de 1,3%. Já o ritmo industrial das confecções acelerou em setembro 4,3% acima do que manteve em setembro de 2018.
ACUMULADO DO ANO
O cenário do desempenho acumulado de 2019 mostra que as confecções de vestuário viraram o jogo novamente. A taxa negativa até agosto foi revertida, deixando o setor com pequeno aumento de 0,1%.
Para a indústria de artigos têxteis, como tecidos, o cenário pouco variou com os dados de setembro. O acumulado de janeiro a setembro do setor permanece retraído com queda de 1,7%. Não foi diferente da indústria brasileira em geral, que opera em baixa desde janeiro. O acumulado do ano registra redução de 1,4%, informa a pesquisa.