Na safra 2023/24, cuja colheita começou em agosto, preços apresentam alta em fevereiro no Brasil.
A produção global de algodão deve cair na safra 2023/24 porque grandes produtores reduziram a oferta da pluma, plantando menos, ainda que a previsão seja de ligeiro aumento no consumo mundial da fibra. Não é o caso de Brasil ou Paquistão. Mas China, Índia e Estados Unidos reduziram a oferta. Os dados mais recentes do Icac (International Cotton Advisory Committee) mostram que na temporada 2023/24, cuja colheita começou em agosto, a produção global de algodão deve cair para 24,48 milhões de toneladas, contra 24,84 milhões da safra anterior de 2022/23 (-1,5%).
O consumo no período de 2023/24 deve alcançar 23,76 milhões de toneladas, ante 23,67 milhões em 2022/23, pequeno cescimento de 0,35%.
No mundo, a área plantada recuou pela terceira vez seguida, atingindo 31,92 milhões de hectares na safra de 2023/24.
POSIÇÃO BRASILEIRA
Na safra atual, os produtores brasileiros ampliaram a área plantada para 1,8 milhão de hectares, elevando a produção para 3,3 milhões de toneladas de algodão. O consumo interno permanece estável em torno de 700 mil toneladas. A maior parte vai mesmo para o mercado externo, garantindo ao Brasil a posição de segundo maior exportador de pluma de algodão do mundo, atrás apenas de Estados Unidos.
Com o recuo da produção mundial, os efeitos sobre os preços negociados aparecem, com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo) apontando para alta em fevereiro no Brasil.
Em termos de produção, mediante o aumento da safra 2023/24, o Brasil assume como terceiro maior produtor mundial de algodão. Era o quarto na safra anterior.
Já em consumo de algodão, o Brasil figura entre os dez maiores do mundo, na 7ª posição.
Veja os gráficos elaborados pelo GBLjeans com base nos dados do Icac.