Vestuário demitiu mais que a média da indústria em geral, mas, em valor de folha, conteve salários, com o mais baixo nível de redução em relação a outros setores.
A diminuição de ritmo da produção industrial brasileira afetou o nível de emprego mais uma vez, com queda de 5,8%, em relação a maio de 2014, e de 1,5% sobre abril de 2015, segundo a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mede empregos e salários. Na comparação com igual mês de 2014, os cortes estenderam-se sobre número de horas pagas, que caiu 6,6%, e sobre o valor de folha de pagamento real, que despencou praticamente 10%, com índice de 9,7%, sendo o mais severo já registrado pela pesquisa desde o início da série histórica, afirma o IBGE.
Com exceção da quantidade de pessoal ocupado, em que a indústria do vestuário demitiu 7,5% de seu efetivo em relação ao que tinha em maio do ano passado, ficando assim acima da média geral, nos demais indicadores, tanto as confecções, como as empresas de produtos têxteis ficaram abaixo da média. Em pessoal ocupado as têxteis reduziram 2,9% do quadro, diminuíram o número de horas pagas em 2,4% e, com isso, o valor da folha caiu 2,9%.
As indústrias de vestuário cortaram o número de horas pagas em 5,7%, na comparação entre maio de 2015 e maio de 2014. Mesmo com o volume de demissões registrado no período e corte de horas pagas, o segmento reduziu o valor da folha de pagamento em 0,6%, a menor taxa de contenção entre os 17 ramos que encolheram no mês, dos 18 pesquisados. Apenas o setor de produtos químicos exibiu indicadores ligeiramente positivos, mostra a pesquisa do IBGE: com alta de 0,2% no quadro, 0,4% em horas pagas e 0,1% em valor de folha.