É a primeira alta em quatro meses de pandemia de covid-19, com aumento de preços nos itens de vestuário masculino e infantil.

As novas coleções de moda chegaram ao varejo mais caras. Setembro mostra inflação de roupas de
0,22%, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mede a inflação oficial do país, o encarecimento foi generalizado no grupo Vestuário, que além de roupas, inclui calçados e acessórios; joias e bijuterias; tecidos e armarinho.A inflação de moda registrou taxa de 0,37% em setembro, após quatro meses seguidos de queda. Contribuíram para a volta de preços inflacionados calçados e acessórios (0,56%); roupas masculinas (0,58%); roupas infantis (0,32%); tecidos e armarinhos (0,93%). Joias e bijuterias seguem em alta, de 1,22% no mês, embora tenha havido desaceleração em relação a agosto, ressalta o IBGE. O único item do grupo que permanece em deflação foi o de roupas femininas (-0,11%).
Os resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 09 de outubro. Para o varejo como um todo, a pesquisa do IBGE registra alta de 0,64%, a mais alta desde janeiro.
VARIAÇÃO ACUMULADA NO ANO
Os aumentos de setembro não foram suficientes, porém, para reverter o desempenho. E o grupo Vestuário permanece em deflação, puxada por Roupas (-3,74%), além de Calçados e acessórios (-3,24%). Com menos peso na formação do indicador, Joias e bijuterias acumulam alta de 11,46% de janeiro a setembro. Tecidos ficaram 4,01% mais caros no período.
Já roupas continuam em deflação em todos os itens. O maior recuo acumulado está concentrado nas roupas femininas. De janeiro a setembro, os preços caíram 5,37% sobre igual período de 2019.
No mesmo confronto, roupas masculinas recuaram 2,62% e roupas para crianças reduziram 2,03%.
Sobre 2019, a inflação brasileira acumulada saltou para 1,34% entre janeiro e setembro, informa o IBGE.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DE MODA EM 16 CAPITAIS
Setembro mostra inflação de roupas em dez das 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE. Três subiram acima de 1%: São Paulo (1,12%), Curitiba (1,36%) e Rio Branco (1,58%). Entre as seis com deflação, Distrito Federal foi a que mais recuou em roupas (-1,86%) sobre agosto.
O acumulado do ano mostra inflação de roupas acumulada em duas cidades. De 1,11% em Curitiba e de 0,70% em Recife.
A deflação acumulada mais forte está registrada em Salvador (-11,95%) e Aracaju (-9,32%)
Nos gráficos abaixo, criados pelo GBLjeans, o leitor acompanha a variação mensal e acumulada da inflação do país e dos preços dos itens de Moda. O portal complementa a análise com um recorte só para Roupas, mostrando o desempenho por segmento e público.
Da mesma forma, os gráficos trazem ainda dados da variação mensal e acumulada de Moda e Roupas nas 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE.