Atacado, indústria têxtil e vestuário continuaram a demitir pessoal, sendo que as empresas de São Paulo foram as que mais cortaram vagas nas quatro atividades.
Timidamente em relação aos últimos dois anos, o varejo de vestuário e tecidos contratou em outubro. Foram admitidos 1.332 profissionais distribuídos por lojas do Brasil inteiro. É um aumento de quadro muito menor que o apresentado em outubro do ano passado, quando foram contratados 6.886 profissionais, ou em outubro de 2013, que teve um contingente adicional de 9.623 funcionários. O comércio varejista foi a única atividade de moda a abrir vagas.
Dos 27 estados, apenas 12 cortaram empregos no varejo, informa o ministério do Trabalho com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que monitora os funcionários com carteira assinada. São Paulo foi o estado que mais demitiu, com a dispensa de 240 profissionais, em seguida o Ceará, que cortou 146 vagas, e Goiás, que encerrou 137 postos. Já o varejo do Rio Grande do Norte foi o que mais admitiu, com a contratação de 614 pessoas, seguido pelo Rio de Janeiro com a oferta de 466 vagas.
Os demais segmentos mantiveram a política de fechar postos de trabalho. O comércio atacadista de vestuário e tecido, que nessa época estaria contratando, demitiu 259 trabalhadores, sendo mais da metade em São Paulo (corte de 141 postos). Embora o segmento tenha registrado contratações em oito estados, o volume foi residual.
A indústria têxtil e de vestuário registrou em outubro um nível de demissão recorde no ano, com a dispensa de 10.825 empregados. Só em São Paulo 3.123 profissionais perderam o emprego. Minas Gerais demitiu 1.267; Paraná, outros 1.126; e Santa Catarina, cortou 1.039. Em quatro estados, as empresas contrataram, porém, com baixa oferta de vagas. Alagoas foi o mercado que mais contratou: abriu 21 vagas no mês.