Nova versão do programa de ensino técnico tenta alinhar vagas para os cursos com as demandas da indústria.
Ao lançar a nova modalidade do Pronatec (Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior afirmou que a mudanças de critérios para a oferta de cursos de nível técnico visou atender as necessidades das indústrias. “Não adianta oferecermos curso para a indústria do vinho, por exemplo, numa região onde se fabrica avião”, observou o ministro da pasta, Fernando Pimentel.
Foram consultadas entidades empresariais de 11 setores, com a expectativa de oferecer 118 mil vagas nos próximos três meses. O setor têxtil e de confecção deverá contar com a maior oferta de vagas – 47.337, que representa praticamente 40% do total. Em seguida vem construção civil, com 29.615 vagas, depois o setor de energias renováveis (18.583), o complexo eletrônico (13.273), calçados (3.788), celulose e papel (3.563), mineração e metalurgia (1.040), bens de capital (685), móveis (200), serviços (185) e agroindústria (75).
Para quem faz, os cursos são gratuitos e voltados tanto à formação como à requalificação de trabalhadores, o repasse de dinheiro é feito para as escolas. A oferta de vagas está disponível no site do programa, criado em 2011. Para executar o novo modelo, o MDIC assinou acordo de cooperação técnica com o MEC. Segundo balanço do governo, desde o lançamento em 2011 até agosto de 2013, o programa registrou quase 4 milhões de matrículas. No início do ano, o governo divulgou que os recursos do Pronatec deveriam somar R$ 2,7 bilhões.