Em outubro, as vendas do comércio do segmento avançaram em ritmo mais lento que no mês anterior, mas deixaram o acumulado do ano estável.
O varejo de roupas, calçados e tecidos cresceu pelo segundo mês consecutivo, embora em ritmo mas lento que em setembro. Com avanço de 0,2% em outubro sobre o volume de vendas do mês anterior, a atividade foi a que menos cresceu entre os segmentos analisados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas a taxa foi o suficiente para tirar o acumulado do ano do negativo. Na verdade ficou estável em relação aos mesmos dez meses de 2018. Muito diferente do desempenho do comércio brasileiro em geral, que alcançou expansão de 1,6% de janeiro a outubro.
No mês, o comércio como um todo aumentou 0,1% sobre setembro em volume de vendas, completando seis meses de alta, destaca o IBGE. Os reajustes de preços em geral aceleraram, com a receita nominal geral subindo 0,5% em outubro.
O varejo de moda acompanhou essa reação do faturamento mensal, registrando aumento de 0,4% em receita nominal em outubro. Com isso, a taxa acumulada do ano de receita do segmento subiu para 0,8%. Não chega nem perto do acumulado entre janeiro e outubro da receita do comércio em geral que expandiu 4,7%.
DESEMPENHO DOS 12 ESTADOS
Novamente, dos 12 estados destacados pela pesquisa do IBGE metade apresenta aumento de vendas no acumulado do ano. A outra metade enfrenta redução nos negócios. Desde maio, o varejo de moda do Rio Grande do Sul é o que mais vende. No acumulado do ano, as lojas do estado acumularam alta de janeiro a outubro de 9,1% em volume de vendas e de 8,7% em receita no nominal. Corresponde a resultado muito bom quando se observa que o comércio em geral do estado desacelerou. No mesmo período, subiu 1,3% em volume e 4,3% em receita na comparação com janeiro a outubro de 2018.
Também o Espírito Santo continua aquecido entre as lojas de roupas e calçados. Acumula expansão de 8,8% em volume e de 9,8% em receita.
Minas Gerais continua como o varejo de moda que mais tem sofrido ao longo de 2019. O recuo em volume acumula redução de 5,2% sobre os dez primeiros meses de 2018 e declínio de 9,8% em receita.