Diante de vendas praticamente estáveis, com tímida alta em relação a 2018, a receita também mostrou pequena reação.
Em ano bastante irregular, o varejo de moda encerrou 2019 mostrando estabilidade em relação a 2018. Teve alta em 2019, que foi bem tímida. Cresceu 0,1% em volume de vendas, mostram os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje, 12 de fevereiro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A receita nominal apresentou aumento de 1% sobre o ano anterior.
No acumulado de 2019, o comércio varejista brasileiro como um todo cresceu 1,8% sobre 2018. Fechou, assim, o terceiro ano consecutivo de taxas positivas, embora tenha havido uma desaceleração em relação a 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%), comenta o IBGE. Repetindo o desempenho da década a receita nominal do setor também foi positiva, com alta de 5% em 2019.
“O comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas está em seu momento mais elevado desde outubro de 2014”, declarou a gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes, sobre o desempenho do varejo como um todo.
Na tabela abaixo, elaborada pelo GBLjeans, confira a variação de volume de vendas e receita nominal do varejo de moda em relação ao comércio em geral entre 2010 e 2019.
RESULTADOS DE DEZEMBRO
Com queda de 0,1% em relação a novembro, o comércio brasileiro como um todo interrompeu a sequência de sete meses consecutivos de avanço nas vendas. A receita nominal de dezembro continuou a subir, com aumento de 0,6%, mostra a pesquisa do IBGE.
Também o varejo de moda não foi bem em dezembro. Caiu 1% em volume de vendas e viu a receita nominal descer 1,6% na comparação com novembro do ano passado.
Pelo gráfico abaixo, acompanhe a variação mensal das vendas e da receita do varejo de moda e do comércio em geral ao longo de 2019.
DESEMPENHO ANUAL DOS ESTADOS
O ano de 2019 terminou sem surpresas entre os 12 estados que são tratados com destaque na Pesquisa Mensal de Comércio. O Rio Grande do Sul foi o mercado onde o varejo de moda mais cresceu: 8,2% em volume de vendas e 8,4% em receita. Foi seguido de perto pelo Espírito Santo cujas vendas aumentaram 8,1% no ano e a receita expandiu 9,2%, o maior salto entre os estados que são destaque.
O varejo de moda no Distrito Federal encolheu 3,2% em volume, foi o que mais sofreu. Mas a receita subiu 0,5%. As lojas de roupas, calçados e tecidos de Minas Gerais penaram o ano todo ano e terminaram 2019 com redução de 2,8%, tanto em volume quanto em receita nominal, em comparação com 2018.
A tabela abaixo compara os resultados anuais dos 12 estados em varejo de moda com o comércio em geral do país.