Queda das vendas não foi maior devido ao forte crescimento registrado em janeiro.
A venda de moda no comércio varejista termina o primeiro semestre de 2023 em queda. No acumulado de seis meses, o varejo de moda recua 9% quando comparado ao desempenho em igual período de 2022. Embora ainda no campo positivo, a receita nominal da atividade perde força desde janeiro. Encerra o primeiro semestre com alta de 2,60% sobre o mesmo período de 2022, revela a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desempenho de janeiro a junho das lojas de vestuário, calçados e tecidos só não foi pior devido ao forte crescimento das vendas em janeiro (28,70%). Depois, de fevereiro a maio, o varejo de moda só recua. Nem mesmo o Dia das Mães conseguiu reverter o declínio. Mas junho mostra uma pequena reação, com alta das vendas de 1,40% sobre maio, a maior entre as atividades pesquisadas pelo IBGE.
Já a receita nominal sobe menos, com aumento de 0,60% em junho em relação ao mês anterior, mostra a pesquisa do IBGE.
ACUMULADO DE 12 MESES
Em 12 meses até junho de 2023, a taxa do varejo de moda recua 11%, mostrando que o ano não será fácil para o comércio de vestuário, calçados e tecidos.
No mesmo período, a receita permanece com variação positiva com crescimento acumulado de 3%, muito abaixo da inflação de moda que, em 12 meses, assinala aumento de preços de 9,66%.
COMÉRCIO BRASILEIRO
De modo geral, o comércio varejista brasileiro como um todo acumula alta de 1,30% no primeiro semestre, puxada pelo crescimento de janeiro (4,10%). A receita nominal do setor sobe 4,6%, acima da inflação oficial para o período (2,87%).
Em junho, o varejo em geral ficou estável em volume de venda, na comparação com maio, enquanto a receita nominal aumentou 0,5%.
Nos últimos 12 meses até junho, o comércio varejista brasileiro registra aumento no volume de vendas 0,90% e de receita, de 8,2%.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Acompanhe a variação, mês a mês, no ano e em 12 meses nos gráficos elaborados pelo GBLjeans com base na pesquisa do IBGE.