Após dois meses em forte queda, lojas de roupas, calçados e tecidos tiveram em fevereiro crescimento bem acima da média nacional.
Em fevereiro, antes de estados tomarem medidas mais restritivas de combate à pandemia de covid-19, que fecharam lojas em março, o varejo de moda teve alta nas vendas bem acima da média nacional. Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as lojas de roupas, calçados e tecidos viram o volume de vendas crescer
7,8% em fevereiro e a receita nominal subir 8,2% em relação ao mês anterior.A variação positiva interrompeu, assim, dois meses do varejo de moda em forte queda. Da mesma forma, o comércio brasileiro como um todo teve acréscimo de 0,6%, depois de três meses seguidos com redução de vendas. A receita da atividade avançou 1,5%, de acordo com a pesquisa do IBGE.
ACUMULADO NEGATIVO
A despeito do desempenho de fevereiro, o acumulado do ano do varejo de moda continua em queda como foi em 2020 inteiro.
Entre janeiro e fevereiro, as lojas de roupas, calçados e tecidos acumularam redução de 19,90%, tanto em volume quanto em receita, na comparação com os dois primeiros meses de 2020. Foi uma das piores taxas do comércio para o período. Ficou abaixo apenas das vendas de Livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (-48,1%).
O recuo foi generalizado entre os 12 estados que são destaque na pesquisa do IBGE. Apenas no Espírito Santo o varejo de moda teve alta de 8,3% no volume de vendas e de 6,6% na receita nominal.
Já São Paulo registra as maiores quedas pelo segundo mês consecutivo: -26,70%, em volume e receita.
Ainda segundo o IBGE, o comércio nacional acumula queda de 2,1% no ano em volume, mas registrou alta de receita de 7,4%, refletindo o avanço da inflação.