Depois do bom desempenho de maio, segmento segue em junho com indicadores negativos de volume e receita, aponta pesquisa do IBGE.
Foi pontual o crescimento do varejo de vestuário, tecidos e calçados em maio. Na passagem para junho, os indicadores tornaram a cair, como mostra a pesquisa mensal sobre o comportamento do comércio brasileiro divulgada, ontem, 12 de julho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O volume físico comercializado do segmento de moda caiu 0,80% em junho, o dobro da média geral do varejo que foi de menos 0,40%, no período. A queda refletiu sobre a receita nominal das lojas de roupas, tecidos e calçados, que caiu 0,30%. Apresentou, assim, comportamento inverso ao registrado pelo comércio em geral que viu a receita nominal subir 0,80% em relação a maio.
Sobre junho de 2014, as vendas também encolheram no segmento de moda: em volume, o índice ficou negativo em 4,60%, e em receita, caiu 1%. De forma geral, o varejo reduziu vendas (-2,70%), mas, faturou mais (4,60%), na comparação com junho do ano passado. A comparação com os primeiro seis meses de 2014 aponta recuo de vendas para roupas, tecidos e calçados. A atividade encerrou o primeiro semestre com queda de 5% em volume e de 1,80% em receita, informa a pesquisa do IBGE.
Entre os 12 estados que compõem a mostra de destaque da pesquisa, quatro apresentaram alta de vendas em relação a junho de 2014. Em maio, por exemplo, apenas um aumentou a quantidade vendida, o Ceará, que foi o que mais cresceu também em junho, com aumento de volume de 12,90% e de receita nominal de 15,40%. Em seguida, aparece Santa Catarina, mas, com desempenho bem menos robusto: o volume subiu 5,20% e a receita, 11,50%. Minas Gerais e Distrito Federal apresentaram desempenho positivo. O comércio mineiro expandiu o volume vendido em 2,40% e a receita nominal em 4,40%. Já o comércio do DF apontou alta de 1,30% no volume comercializado, enquanto a receita nominal subiu 7,70%.
Os demais estados estão em queda. Apenas o Paraná mostrou recuo em volume (-5,40%) e ligeira alta de receita nominal (0,10%). Rio de Janeiro foi o que mais caiu em volume (-16,10%) e receita (-11,90%). A pesquisa do IBGE destaca ainda o desempenho de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Goiás que, da mesma forma que o Rio, enfrentaram perda de volume e receita.