Vestuário, tecidos e calçados compõem a categoria cujo volume de vendas e receita aumentaram em relação a março, ajudando o indicador geral ficar positivo.
Pressionado por quedas sucessivas de volume de vendas desde dezembro, o varejo de moda, que inclui vestuário, tecidos e calçados, avançou 3,7% em abril, quando comparado ao desempenho de março. É a maior alta do comércio varejista brasileiro como um todo no mês, revela os resultados da pesquisa mensal divulgada hoje, 14 de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Junto com as categorias Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%) ajudou a deixar o indicador positivo para o varejo como um todo, com aumento de 0,5%.
Também a receita nominal do segmento de moda acompanhou a reação ficando acima da média geral em abril, em relação a março. Lojas de vestuário, tecidos e calçados faturaram mais 1,5%, enquanto o varejo como um todo registrou expansão de receita de 1,2%. Mesmo sobre abril de 2015, o cenário dá discretos sinais de melhora, apesar de as taxas na categoria de moda permanecerem negativas há quase dois anos. “Mas, vale citar que a queda observada em abril foi a menos acentuada do ano”, destaca relatório do IBGE.
No confronto com abril de 2015, em vestuário, tecidos e calçados, o volume de vendas caiu 8,8% e a receita nominal retraiu 3,5%. O desempenho do comércio varejista como um todo apresentou comportamento um pouco diferente. Enquanto o volume de vendas recuou 6,7%, a receita nominal do setor avançou 5,2%, refletindo reajustes de preços.
Observando o varejo de 11 estados mais o Distrito Federal cujo desempenho é destacado na pesquisa, somente o Ceará teve alta de vendas em moda, com volume indicando aumento de 2,1% em comparação com abril de 2015. Todos os demais mercados registraram queda de vendas no segmento, ainda que menos intensa do que vinham enfrentando. A exceção continua sendo o Espírito Santo com taxa negativa de 19% no período.
Em termos de receita nominal, além do Ceará, Paraná (1%), Santa Catarina (3,4%), Goiás (2,4%) e o Distrito Federal (1,1%) faturaram mais que em abril de 2015 com o comércio de vestuário, tecidos e calçados. Em comum, todos aumentaram os preços dos itens da categoria no mês. Em contraponto, as três maiores queda de faturamento foram observadas no Espírito Santo (-17%), seguido por Bahia (-8%) e São Paulo (-6,8%), mostra a pesquisa do IBGE.
Confira abaixo os gráficos do quadrimestre de Moda e Varejo Geral.