Embora a expansão em junho seja bastante tímida, corresponde ao quarto mês consecutivo de receita real em alta registrado pelas lojas de moda.
Em junho, pelo quarto mês seguido, aumentou a receita real das lojas de vestuário, tecidos e calçados. Subiu para R$ 4,24 bilhões. Ainda que a expansão de 0,68% tenha sido muito discreta em relação a maio, há que se observar que no mês anterior o faturamento da atividade foi o que mais cresceu em São Paulo, com alta de 24,6%. Essa variação positiva não se refletiu sobre os resultados do varejo como um todo, cuja receita real caiu 0,47% para R$ 46 bilhões em junho em relação a maio.
No acumulado do ano, porém, o semestre do comércio varejista em geral fecha com receita em queda de 5,5%. A do segmento de moda caiu de forma ainda mais severa, recuando 12,8%, por causa das fortes baixas de vendas nos dois primeiros meses de 2016. Em janeiro, despencaram 45,5% sobre dezembro, e em fevereiro, amargaram outra queda expressiva de 14,3%, revelam os dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base em informações obtidas com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
SOBRE JUNHO DE 2015
A avaliação da entidade é otimista com os resultados na análise que faz em relação a igual mês do ano passado. Nesse confronto, o varejo em geral aumentou a receita real em 2,2%. “Os dados positivos alcançados em junho consolidam uma avaliação de que uma reversão do ciclo recessivo é real”, afirma comunicado da Fecomercio que acompanha a divulgação do desempenho das vendas de junho. Associa a recuperação menos à melhoria de emprego e renda, que não houve, e mais à “retomada de confiança do consumidor, em especial quanto às suas expectativas, uma condição essencial para permitir a saída de um cenário de baixa intenção de consumo”.
Também as lojas de roupas, tecidos e calçados mostraram avanço de receita em junho de 2016 sobre junho de 2015, estando entre as cinco atividades que cresceram, das nove monitoradas pela pesquisa. A expansão no segmento de moda foi de 5,7%.