Corte representa queda de 13,8% dos empregos nas lojas de moda antes da pandemia.
Ao final de 2021, o varejo de moda não supera a crise provocada pela pandemia de covid-19. Em dois anos, entre 2019 e 2021, o varejo de moda perde 159,9 mil vagas, ficando abaixo do um milhão de empregos de antes. Conforme a Pesquisa Anual de Comércio (PAC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2021, lojas de varejo de vestuário, calçados, tecidos e armarinhos empregavam 993,3 mil pessoas contra 1,15 milhão em 2019, ou 13,8% a menos.
Se comparado a 2012, quando a pesquisa registrava 1,32 milhão de vagas preenchidas, o varejo de moda foi o segmento que mais perde pessoal ocupado entre as 22 atividades de comércio monitoradas pelo IBGE. Em dez anos, o corte alcançou 336,2 mil vagas, que representa redução de 25,3%.
Também o comércio atacadista de moda enfrentou recuo nos postos de trabalho no período. De 75,5 mil empregos em 2019, caiu para 67,8 mil em 2020. Mas subiu para 70,1 mil em 2021.
Assim, somando os dois segmentos, o comércio de moda em geral registrou 1,06 milhão de empregos.
EMPRESAS E RECEITA
De modo geral, a pesquisa indica discreta recuperação em 2021 em relação ao vale de 2020.
Em grande parte, o corte de vagas no período está associado ao fechamento de lojas e empresas. Eram 209.520 empresas de varejo em 2019 que operavam 231.879 lojas. Esse cenário recuou para 177.381 empresas e 196.746 pontos de venda. E cresceu em 2021 para 184.105 empresas, com 204.304 lojas em operação.
A receita operacional líquida também oscilou, porém, com menos intensidade. Em 2021, a receita do varejo assinala R$148,2 bilhões.
Corresponde a crescimento sobre os R$109,01 bilhões de 2020 mas ainda um pouco abaixo dos R$150,99 bilhões de 2019.