Em abril, pelo terceiro mês seguido também cai a receita das lojas de roupas e calçados.
Com exceção da alta de janeiro, puxada pelas promoções, o cenário é negativo para o comércio de moda desde outubro, sinaliza o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em abril, o varejo de moda continua em baixa, completando três meses seguidos de perda em volume e receita, mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
A queda em abril foi de 3,7% em volume e de 1,1% em receita, apurou a pesquisa do IBGE. Em comunicado ao mercado, o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, atribui a trajetória negativa da atividade à mudança de comportamento do consumidor em função das restrições impostas para o controle da pandemia de covid-19. “Com o menor deslocamento das pessoas, houve menos necessidade de consumir produtos dessa natureza, como roupas e calçados. Essa mudança no consumo impactou as grandes redes, que têm fechado lojas nesse período em todo o país”, declarou o gerente no comunicado.
De modo geral, em abril, o comércio brasileiro cresceu 0,10% em volume, puxado pelas vendas dos supermercados. Mas a receita caiu 0,20% no mês.
ACUMULADO NEGATIVO EM MODA
Diante de três meses que continua em baixa, o varejo de moda registra queda acumulada no ano de 6,5% no volume de vendas. No entanto, em receita nominal, a atividade mostra alta acumulada de 7% em relação ao mesmo período de 2022, com desaceleração sobre os 9,5% acumulados no primeiro trimestre.
O acumulado dos últimos 12 meses até abril indica redução do ritmo das vendas ainda maior, com queda de 7,8% em volume.
A receita nominal registra alta acumulada em 12 meses até abril de 7,6%
Para o comércio brasileiro como um todo, a pesquisa do IBGE informa alta acumulada de 1,9%, entre janeiro e abril, em volume, e de 6,9% em receita.
Em 12 meses, a variação é positiva do comércio em geral apura aumento acumulado até abril de 0,9% em volume e de 11% em receita.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Acompanhe a variação, mês a mês, no ano e em 12 meses nos gráficos elaborados pelo GBLjeans com base na pesquisa do IBGE.