O ranking global Brandz em 2019 mostra avanço das marcas de lifestyle esportivo e desvalorização das redes de fast fashion.
A categoria Apparel do ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo mostra sinais de mudanças importantes em 2019. As marcas de roupas e calçados esportivos ganharam velocidade na apreciação de valor em detrimento das varejistas fast fashion. Crescendo desde 2015, a Lululemon surpreendeu novamente. Apresentou a segunda maior taxa de crescimento de todo o ranking. O valor de mercado da marca cresceu nada menos que 77% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 6,92 bilhões.
De acordo com o estudo que acompanha o ranking Brandz, os consumidores buscam estilo, conforto e propósito. “As marcas que obtiveram sucesso não apenas acertaram na moda, como também se alinharam a valores do consumidor em relação à sustentabilidade e ofereceram funcionalidades que atendia às prioridades de saúde e bem-estar”, completa o relatório. Em contrapartida, as marcas de fast fashion ficaram para trás em termos valorização. O estudo aponta dois motivos.
Em parte porque essas empresas não conseguiram reduzir a pegada ambiental na dimensão esperada. E, além disso, os consumidores passaram a encontrar na internet outras alternativas, como a própria Amazon, muito forte no mercado dos Estados Unidos, e os recém-chegados sites da China, com produtos incorporando elementos de moda e preços agressivos.
Em função desse movimento, a categoria Apparel subiu 6%, em comparação com o avanço de 5% do ano passado. Os top 10 de roupas somaram US$ 118 bilhões em valor em 2019.
NIKE CONTINUA A MAIS VALORIZADA
De um ano para o outro, a Nike subiu oito posições. Ocupa agora o 21º lugar no ranking global das cem mais valiosas. Cresceu 23% em valor de mercado para alcançar US$ 47,36 bilhões. A Zara é a segunda de Apparel na lista das Top 100. Mas caiu de 42º para o 61º lugar. A depreciação sobre 2018 foi de 16%, ficando avaliada em US$ 22,58 bilhões. A Adidas manteve o terceiro lugar entre as marcas de roupas e a 100ª posição no ranking geral, assumida no passado. Atualmente, está avaliada em US$ 13,35 bilhões, aumento de 7%.
A japonesa Uniqlo ultrapassou a sueca H&M e ficou em quarto lugar entre as dez mais de roupas, apreciada em US$ 9,82 bilhões, 20% acima do valor de 2018. O salto deste ano levou a Lululemon para a quinta posição, empurrando a H&M para o 6º lugar. O valor da H&M recuou 28%, baixando para US$ 6,38 bilhões.
Depois da forte queda de valor em 2018, a Under Armour reagiu, cresceu 25%, alcançou US$ 3,93 bilhões e assumiu a 7ª posição entre as dez mais valiosas do setor. Em 8º lugar está a The North Face que integra as Top 10 pela primeira vez, com valor de mercado de US$ 2,86 bilhões.
O estudo assinala ainda o retorno ao ranking de Levi’s (US$ 2,41 bilhões), em 9º lugar, e de Ralph Lauren (US$ 2,40 bilhões) fechando a lista das dez marcas mais valiosas de roupas.
100 MOST VALUABLE BRANDS
O ranking Top 100 Most Valuable Global Brand Brandz 2019 foi lançado ontem, 11 de junho, pela WPP e pela Kantar, em evento na Bolsa de Valores de Nova York. Com poucos sinais de desaceleração no crescimento, a Amazon se tornou a marca mais valiosa do mundo, ressalta comunicado das empresas. Superou Google e Apple. “As empresas de tecnologia lideraram o Top 100 da BrandZ desde o seu primeiro ranking global de valor de marca em 2006, quando a Microsoft assumiu o primeiro lugar”, afirma a nota à imprensa.
A Amazon encerrou o ciclo. Assumiu a liderança mediante apreciação de 52% no valor da marca em relação ao ano anterior e atingiu US $ 315,5 bilhões. Está à frente da Apple (US$ 309,5 bilhões) e Google (US $ 309,0 bilhões), que tiveram aumento de 3% e 2%, respectivamente.
No Top 10 global, o Alibaba se tornou a marca chinesa mais valiosa do mundo, subindo para o 7º lugar. Valorizou 16% para US $ 131,2 bilhões.
