Estudo do NPD Group mostra que depois de quase uma década disputando com leggings, calças de denim ganham espaço no armário
No ano que terminou em fevereiro, o mercado de jeans feminino nos Estados Unidos contabilizou venda extra, de acordo com estudo do NPD Group, divulgado na semana passada. Conforme a pesquisa, foram vendidos 364 milhões de calças de denim em 12 meses. Esse volume corresponde a nada menos que 22 milhões de unidades a mais sobre o total comercializado no ano anterior, de 342 milhões de calças jeans femininas. A constatação dos consultores responsáveis pelo estudo é de que o segmento foi a principal fonte de crescimento do mercado americano de jeans como um todo.
É o primeiro movimento de expansão depois de quase uma década perdendo espaço no armário das mulheres para leggings ou opções da chamada moda athleisure. Porém, metade das calças foram compradas em promoção e vendidas por lojas especializadas ou reconhecidas pelos preços baixos. Para os consultores, o marketing das marcas de jeans tem a tarefa urgente de inspirar as consumidoras, de modo a levá-las a um patamar mais elevado de compra, saindo da visão de commodity.
O estudo do NPD Group revela que as compras de jeans não são feitas por impulso. São planejadas e realizadas sobretudo no canal especializado, como as varejistas American Eagle, H&M e Topshop. Essas lojas sustentam mais de um terço das vendas anuais de jeans feminino, diz a pesquisa. Ao anunciar os resultados de 2018, a American Eagle, que reportou US$ 4 bilhões em receita, disse por exemplo que ultrapassou pela primeira vez a marca US$ 1 bilhão em vendas de jeans, para mulheres e homens.
Cerca de 80% das compras de jeans feminino são realizadas no varejo físico. Mas, o estudo detectou ainda expansão de 32% nas compras online, em relação ao ano anterior. O consumidor que compra pela web gasta mais por jeans e compra calças duas vezes por ano, afirma o estudo.