Ministerio de Comercio, Industria y Turismo está disposto a iniciar análise para determinar se há ou não a prática nas importações
A Colômbia está disposta a abrir investigação para apurar se há ou não a prática de dumping nas importações de vestuário, especialmente a partir de fornecedores da Ásia. A afirmação partiu do vice-ministro de
Desarrolo Empresarial, Saúl Pineda Hoyo, durante a abertura da 31ª edição da Colombiatex de Las Americas, ontem, 22 de janeiro, em Medellín. Ele explicou que o assunto entrou em pauta diante da análise do comportamento das importações colombianas de alguns países asiáticos e do aumento que registraram. Também foi avaliado que os produtos estão entrando no país com preços “exorbitantemente baixos”.
Segundo o ministério, “as medidas de defesa comercial, incluindo tarifas antidumping, servem para corrigir distorções ou práticas desleais que causam prejuízo à indústria nacional”, que representa 8,5% da indústria de manufatura do país, conforme estatísticas oficiais. Dados do país aponta que as exportações cresceram ao ritmo de 7% em 2018 sobre 2017, tanto em têxteis quanto em vestuário, em contraste com o aumento das importações de roupas de 15,9% para 25,9% no mesmo período de comparação.
INDÚSTRIA ESPERA REAÇÃO
Ainda durante a cerimônia de abertura da feira o presidente executivo do Inexmoda, Carlos Eduardo Botero Hoyos, destacou os fatores da política macroeconômica que podem ajudar nos negócios do setor em 2019, seja com aumento da demanda interna quanto para o crescimento das exportações. Citou a baixa inflação (de 3,18% em 2018) e a taxa de câmbio que permitiu a expansão das vendas externas. O setor voltou a mostrar variações positivas, porém, em cima de 2017, que não foi dos melhores anos para a economia local.
Já o governador de Antioquia, Luis Pérez Gutiérrez, estimulou os empresários a somar conhecimentos no sentido de desenvolver têxteis inteligentes exigidos pelo mercado. “O mais diferente ainda está por vir e este é um dos desafios para os empresários do setor”, afirmou. Falando ainda sobre as medidas adotadas pelo governo de estímulo à produção têxtil e de vestuário, Pineda Hoyo mencionou o programa “Compra lo Nuestro’, que junta 86 confecções nacionais, a maioria de pequenas e médias empresas, com 15 grandes varejistas que operam no país
Pelo balanço divulgado pela ornagização, a nova edição da feira Colombiatex reuniu 534 marcas expositoras (cada empresa pode trabalhar mais de uma marca) e deverá receber até amanhã 24 de janeiro, em torno de 15 mil compradores, dos quais 1,8 mil internacionais, de 60 países. Segundo o noticiário econômico local, a previsão é a feira movimentar negócios em torno de US$ 300 milhões, por vendas realizadas nos três dias evento e pelos contatos ali iniciados que podem prosperar ao longo do ano.