O plano é encerrar 2008, com capacidade de 2 milhões de metros de denim por mês
Para a Vicunha, os reflexos dos contatos estabelecidos na Colombiatex são sentidos sobretudo nos seis meses seguintes à feira. “Existem negócios pontualmente fechados, quando se recebe a visita de clientes tradicionais. Já o ciclo de vendas para um cliente novo é diferente, estamos dando seqüência de atendimento a partir dos representantes regionais, com entrega de amostras para pilotagem”, explica José Otávio de Souza, gerente de exportação de índigo e brins da tecelagem, considerando difícil quantificar os pedidos recebidos durante a feira.
O mercado andino é importante para a empresa. “Primeiro porque o consumo interno da Colômbia é importante e, hoje, os fornecedores locais não conseguem atender toda a demanda doméstica. Em função disso, tem potencial de vendas para esse país”, salienta o executivo. O maior obstáculo são as barreiras comerciais impostas pelo pacto andino, como taxar o tecido brasileiro em cerca de 16%, analisa ele.
Esse foi um dos aspectos que pesou na decisão da Vicunha de comprar a La Internacional, a mais antiga fábrica de denim do Equador, no ano passado, observa Souza. O plano de investimento em curso prevê dobrar a capacidade de produção da La Internacional, atingindo 2 milhões de metros de denim por mês, até o final de 2008.
Segundo ele, na região, o maior consumidor dos artigos da Vicunha é a Venezuela. “Isso porque a produção local é pequena, uma vez que o país conta com apenas uma fábrica de índigo, com capacidade inferior a 1 milhão de metros por mês”, conta o gerente. No Peru, a Vicunha participa com a linha de brins, porque além do imposto de 16%, para o denim, o Brasil sofre uma sanção anti-dumping que aplica um adicional de 9%.
Durante a Colombiatex, a Vicunha mostrou a coleção de verão 2009, em um estande decorado com um painel de quatro metros, trazendo fotos de pontos turísticos de São Paulo, na parte da frente, e das capitais andinas Caracas (Venezuela), Bogotá (Colômbia), Lima (Peru), La Paz (Bolívia) e Quito (Equador), além da homenagem a Medellín, na outra parte. A programação incluiu três desfiles diários e uma exposição de modelos desenvolvidos por alunos do curso de Estilismo da faculdade de Moda do Senac/São Paulo e da Colegiatura de Moda, da Colômbia.
fotos: divulgação
(*) O asterisco indica a parte atualizada