Pesquisa da administradora de cartão de crédito britânica Barclaycard mostra que esse é o comportamento de um em cada dez consumidores de roupas do Reino Unido
De cada dez consumidores britânicos que compraram roupas online, 9% admitem que encomendaram o produto para o ‘momento hashtag’. Veste, tira foto, posta nas mídias sociais e devolve para ser reembolsado. Essa é uma das conclusões apontadas por pesquisa que a administradora de cartão de crédito britânica Barclaycard divulgou neste mês. O levantamento foi encomendado à Opinium, que entrevistou 2.002 pessoas com mais de 18 anos no Reino Unido.
De acordo com a administradora, “surpreendentemente pessoas com idade entre 35 e 44 anos são os que mais adotam a prática”. Quase um em cada cinco dessa faixa de consumidores (17%) revelam que compraram roupas para usar apenas uma vez no ‘momento da hashtag’. Ainda conforme esse levantamento, os homens são mais propensos a devolverem roupas depois de usá-las, do que as mulheres. Cerca de 12% reconhecem que depois de postar a foto com o item comprado devolvem para os varejistas, contra 7% das mulheres que recorrem a esse expediente.
Em outros casos, 15% dos homens usam a roupa comprada online sem remover a etiqueta de preços, de modo a ter a opção de devolver o item, contra 11% de mulheres que fazem isso. Os homens também gastam mais em roupas compradas pela internet do que as mulheres no Reino Unido. Os gastos masculinos com roupas e calçados somam £114 (quase US$ 150) por mês. Na avaliação da administradora, a política dos varejistas online no Reino Unido de propor ao consumidor experimentar antes de comprar sem ter que pagar pelo produto antecipadamente pode estar estimulando esse comportamento por parte do consumidor.
Segundo George Allardice, chefe da área de Payment Solutions do Barclays Bank, o aumento na quantidade de devoluções tem representado um grande impacto financeiro para os varejistas, “com um enorme número de £7 bilhões (praticamente US$ 9 bilhões) por ano em vendas que eles potencialmente não podem reconhecer”. A avaliação é de que os varejistas deveriam investir em dicas de como explorar a roupa em diferentes looks como tentativa de frear as devoluções, incentivando o consumidor a ficar com o produto. Outros colocam vídeos mostrando a roupa usada por modelos reais em passarela online. E há varejistas que investem em provador virtual que permite ter uma ideia de como a roupa se ajusta ao tamanho e forma do consumidor.