Corante derivado do algodão

A Cotton Inc e a Archroma juntaram esforços para desenvolver composto para tingir em tons acastanhados.

A pedido da Cotton Incorporated, empresa americana que promove pesquisas e ações para aumento da demanda mundial de algodão, a Archroma desenvolveu o que avalia ser o primeiro corante de uso têxtil produzido a partir da biomassa de algodão. A partir do laboratório da empresa e com apoio da fábrica White Oak, da Cone Mills, foram produzidos tecidos, como malha e sarja, em suaves tons acastanhados, informa a Cotton. A nova fonte de matéria orgânica será acrescentada à linha EarthColors, da Archroma, de corantes biossintéticos porque utilizam resíduos naturais da produção agrícola e diferentes ervas.

O resultado do projeto foi exibido na Première Vision de Paris, realizada em meados de setembro. Conforme explica Mary Ankeny, diretora sênior de pesquisa na área de química têxtil da Cotton Inc., em comunicado ao mercado, os resíduos de colheitas de algodão e do descaroçamento da planta já são empregados como insumo pela indústria de alimentos e na construção civil há muitas décadas. “Mas, ficamos intrigados com a idéia de utilizar a biomassa de algodão para tingir a fibra de algodão”, diz a executiva.

A colheita e o descaroçamento produzem resíduos, como brocas, caules, cápsulas, fibras, gravetos e folhas, avaliados em 3 milhões de toneladas por ano pela Cotton Inc. Um fardo de cerca de 217 quilos de fibra de algodão, por exemplo, gera de 68 a 90 quilos de derivados reutilizáveis, estima a empresa. Daí saiu a biomassa usada pela Archroma para fazer o corante que tinge tecidos de algodão, explicam as empresas.

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