Iniciativas focam o mercado internacional, incluindo nova estratégia de distribuição e disputas judiciais contra pirataria.
A marca italiana Diesel anunciou no mercado internacional uma série de medidas para coibir ações de pirataria, que culminaram com o fechamento de uma quantidade enorme de sites que vendiam produtos falsificados ou de forma ilegal; e a retomada do direito de propriedade da marca na Indonésia, depois de uma batalha legal que durou 23 anos, diz a empresa. Na esteira dessas providências, este ano, a Diesel avisou que vai adotar uma nova estratégia de distribuição, com a qual irá depurar o canal de atacado, concentrando os negócios em clientes “que estão em linha com o posicionamento desejado da empresa”, afirma. Isso representará uma redução de 85 milhões de euros em vendas para o atacado, calcula a marca.
Em comunicado ao mercado, o CEO da Diesel Alessandro Bogliolo declarou: “Nós não hesitamos em nos comprometer com uma decisão tão radical. Após 37 anos de sucesso, a Diesel precisa se desintoxicar a fim de ser mais forte e estimular um crescimento orgânico na direção identificada dentro do novo percurso”. Consultado, o Grupo Aste, único distribuidor autorizado a vender Diesel no Brasil, afirma que essa nova estratégia não afetará a operação local. A empresa brasileira comercializa as coleções por meio de uma rede de 16 lojas próprias de varejo, sem trabalhar com multimarcas, explica a companhia.
A Diesel, que responde por 65% do faturamento anual de 1,5 bilhão de euros do grupo OTB, fez um balanço positivo das ações anti-pirataria. Segundo a empresa, em 2014, iniciou uma ação legal pelo Tribunal Federal dos Estados Unidos, em Nova York, contra 83 sites que vendiam produtos contrabandeados, utilizando a técnica de cybersquatting, quando se registra de má fé um nome famoso no domínio da internet, visando forçar a negociação para recompra.
Ainda segundo a Diesel, foram fechados 3.346 sites e retirados outros 19 mil sites que apareciam nas pesquisas a partir do Google vinculados de maneira ilegal à marca. Só com essas providências a empresa estima que tenha conseguido evitar cerca de 700 mil visitas a lojas ilegais. Também conseguiu barrar 135 mil itens falsificados provenientes da China, entre 2013 e 2014. Na Europa, a ação mais recente foi realizada em Portugal, onde foram confiscadas quase 300 mil cuecas produzidas ilegalmente sob a marca Diesel.