A roupa “motorizada” que incorpora funções de músculos elétricos deverá ter aparência sutil para ajudar as pessoas no dia a dia.
Com o envelhecimento da população mundial, empresas têm buscado maneiras de capacitar os idosos para realizar tarefas rotineiras, até como sentar e levantar de uma cadeira. Essa é proposta da Superflex, empresa derivada da SRI International, empresa contratada pelo governo dos Estados Unidos a fim de desenvolver tecnologia para reduzir risco de lesões e melhorar a resistência a carregar peso de soldados envolvidos em situações de combate. A nova companhia anunciou que receberá um aporte de US$ 9,6 milhões, liderado pela firma de investimento de risco japonesa Global Brain.
A tecnologia criada pode ser explorada em diversas gamas de produtos de consumo, como roupas de esporte e recreação, explica a empresa. Mas, que optou por se concentrar em roupas para idosos, em função das necessidades dessa faixa da população e pelo tamanho do mercado. Segundo dados apresentados pela Superflex, um terço das pessoas mais velhas apresentam algum tipo de limitação de mobilidade.
A tecnologia parte do conceito de exoesqueleto, usando motores elétricos flexíveis e embutidos na roupa, para não aparecerem. A função deles será dar sustentação a tronco, quadris e pernas, permitindo um impulso extra aos músculos para a pessoa abaixar e levantar, sentar em uma cadeira ou ficar em pé. Em parceria com a empresa de design industrial Fuseproject, a expectativa da Superflex é lançar os primeiros modelos dentro de cerca de um ano, em meados de 2018.
Antes disso, um protótipo batizado de Aura fará parte da exposição New Old, promovida pelo Design Museum, de Londres, na Inglaterra. O evento que foi inaugurado ontem, 12 de janeiro, ficará em cartaz até 19 de fevereiro apresentando tecnologias que possam resolver problemas reais originados pelo envelhecimento da população, de roupas a mobilidade, passando pela instalação de facilidades dentro das casas.