Área vai ocupar quase mil metros quadrados no pavilhão têxtil da próxima edição da feira francesa, realizada de 13 a 15 de fevereiro em Paris
Lançado há um ano, em fevereiro de 2017, o Wearable Lab abriu espaço na Première Vision de Paris para abordar as inovações tecnológicas em toda a cadeia de produção da moda, de novos materiais têxteis a design assistido por computador, passando pela robótica, as mudanças necessárias no varejo, na produção industrial e até no processo criativo. O setor evoluiu e vai ocupar um ambiente de 900 metros quadrados dentro do pavilhão têxtil da próxima edição da feira, marcada para 13 a 15 de fevereiro em Paris.
Segundo a organização, a expansão busca apresentar a oferta de tecnologia já disponível, novos materiais e descobertas aos visitantes. O espaço será dividido em quatro sub-áreas. Uma está sendo tratada como um espaço experimental para mostrar protótipos, que podem ser testados por quem visita, reunidos por entidades e empresas francesas pioneiras em pesquisa e desenvolvimento, como o Ceti (Centre Européen des Textiles Innovants) e o I.F.T.H.
Outra área junta empresas consolidadas e start ups que lideram o mercado chamado de Fashion Tech com materiais conectados ou inteligentes, acessórios e roupas. Em outra parte do espaço, foi montada a exposição Reveal the Invisible, que pretende levar o público à imersão no processo criativo de Clara Daguin, designer finalista do Hyères Festival de Moda e Fotografia, de 2016. A quarta sub-área será destinada à interação com uma programação que inclui debates com especialistas a fim de decodificar esse crescente ecossistema, expõe a organização, citando projetos interessantes como experimentos que testam endurecer materiais, como tecidos, para que sejam cortados mais facilmente antes de voltarem a ser flexíveis.
No espaço experimental do Wearable Lab da nova edição da feira estarão tecnologias como a Temp 37.5 que permite a variação de estado do tecido conforme muda a temperatura do corpo. Quando está quente acelera a evaporação e o resfriamento. E, quando ao contrário, está frio, o material retorna energia para aquecer o corpo. A tecnologia funciona associada a fibras naturais, como seda e algodão, ainda que tenha sido originalmente desenvolvida para o mercado fitness.
Uma das primeiras empresas do mundo a desenvolver e produzir ampla gama de fibras e fios misturada com óxido de grafeno, a Kyorene participa do evento destacando as propriedades dessas combinações, como efeitos anti-bacterianos e desodorante, proteção UV, de dissipação de calor, repelente a insetos. Segundo a empresa, esses fios também contam com boa estabilidade mecânica (abrasão, corte, gotas de água, desgaste) e resistência a lavagens. São destinados a vestuário de diferentes áreas ou a roupas de casa, como lençóis, cortinas e tapetes.
Serão apresentados ainda outros produtos, como a etiqueta inteligente desenvolvida e fabricada pela italiana Dienpi, visando o mercado de luxo. Incorpora dados de todo o processo de produção desde o fio, funcionando para autenticar a origem de produtos como roupas de grife, calçados e acessórios de couro. Usando um iPhone, o consumidor tem acesso aos dados inseridos na etiqueta.