Iniciativa vai dobrar número de institutos preparados para desenvolver novas fibras em todo o país com o foco no ganho de competitividade.
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama anunciou nesta semana investimentos de US$ 500 milhões em parcerias público-privadas para o desenvolvimento de novas tecnologias na indústria têxtil, em uma iniciativa liderada pelo Departamento de Defesa. O objetivo é capacitar pequenas fábricas por meio do programa Manufacturing Extension Partnership em 12 estados. O investimento, previsto para o ano fiscal de 2016, tem como objetivo ampliar o número de institutos de pesquisa têxtil, que devem passar dos atuais 16 para 45 unidades em dez anos.
De acordo com o governo dos EUA, após uma década de declínio desde os anos 2000, quando 40% das fábricas fecharam suas portas, a indústria norte-americana reverteu o quadro e passou a contratar a partir de fevereiro de 2010 quando foram criados 877 mil novos empregos no setor têxtil. Serão destinados mais de US$ 150 milhões ao Revolutionary Fibers and Textiles Manufacturing Innovation Institute, que tem oito unidades no país dedicadas ao desenvolvimento de novas fibras. Os 45 institutos em todo o país vão funcionar como um hub regional para o desenvolvimento de tecnologias fabris, fazendo a ponte entre a pesquisa inicial e a criação de produtos, reunindo empresas, universidades, outras instituições acadêmicas e de formação com as agências federais de incentivo à produção e comercialização de fibras com novas propriedades.
Conhecido como têxteis técnicos, estes tecidos podem ser leves, resistentes à chama, ter uma força excepcional e conter sensores eletrônicos. Com aplicações abrangentes, o produto pode transformar-se em roupas protetoras para bombeiros, impermeáveis às chamas mais quentes, replicar as capacidades de detecção de um relógio inteligente em um tecido leve, ou detectar quando um soldado ferido precisa ser tratado com um agente antimicrobiano.
Depois de uma década de declínio da produção têxtil nos Estados Unidos durante os anos 2000, a indústria têxtil americana está criando empregos pela primeira vez em 20 anos com o aumento de 20% da produção e de 45% das exportações desde 2009. O anúncio desta semana pretende aproveitar o bom momento da indústria para estabelecer bases para a futura liderança na produção de fibras sofisticadas e tecnologias têxteis, informa o governo norte-americano.