Marca canadense expandiu acordo de colaboração com a biotech ZymoChem, iniciada no ano passado.

A Lululemon anunciou que investe em náilon de base biológica ao expandir a colaboração com a ZymonChem, empresa de inovação na área de biotecnologia sediada na Califórnia. Com essa medida, a marca canadense de roupas esportivas pretende aumentar o uso de náilon produzido a partir de fontes biológicas, de modo a criar vestuário de alto desempenho e de baixo impaco ambiental.
Essa colaboração começou no ano passado, quando a Lululemon participou de uma rodada de investimento de US$21 milhões aplicada na ZymoChem, junto com a Toyota Ventures e liderada pela Breakout Ventures. Nessa etapa, a intenção foi apoiar solução tecnológica que desenvolve uma versão biológica do ácido adípico, um dos principais componentes químicos do náilon 6.6, que normalmente é produzido a partir do petróleo.
A próxima etapa dessa parceria vai se concentrar em ampliar a tecnologia da ZymoChem até alcançar escala comercial dessa alternativa biológica. Por enquanto, não há prazo definido para o lançamento comercial.
O náilon 6.6 é a fibra empregada nos tecidos usados para confecção de produtos de alto volume de vendas da marca como as leggings Align e Wunder Train.
“Trabalhamos por anos para aprimorar nosso processo patenteado de Conservação de Carbono, com o objetivo de criar uma versão sustentável do náilon”, declarou em comunicado à imprensa Harshal Chokhawala, cofundador e CEO da ZymoChem, sobre a colaboração com a Lululemon.
MAIS ALTERNATIVAS
Conforme relatório de sustentabilidade da Lululemon, obter alternativas sustentáveis para o náilon é um dos principais desafios até 2030. Em 2023, dado mais recente divulgado, 31% da linha de vestuário tinham o náilon como fibra têxtil principal.
Além da colaboração com a ZymoChen, a Lululemon investe em outras parcerias. É o caso da Geno, startup que desenvolve tecnologia para produzir náilon a partir do açúcar, e da startp australiana Samsara Eco, que obteve o náilon 6.6 reciclado enzimaticamente.