Iniciativa da H&M Foundation e do HKRITA funciona como centro de inovação em ambiente colaborativo.
Depois de quase cinco anos de investimentos, o HKRITA (Hong Kong Research Institute of Textiles and Apparel) e a H&M Foundation fizeram a inauguração oficial do Open Lab. Localizado dentro da universidade politécnica daquele território, o Open Lab foi inaugurado ocupando área de cerca de 2 mil metros quadrados. Representa um espaço de vanguarda tecnológica para inovação na indústria da moda.
Em ambiente colaborativo aberto a toda a cadeia, o novo centro busca pesquisar soluções com foco no enfrentamento às mudanças climáticas que o mundo enfrenta. Defende soluções inovativas que possam, rapidamente, ser ajustadas, pilotadas e ganhar escala industrial. “Ao projetar o Open Lab, pensamos nele como uma cozinha, não uma sala de jantar. Você não virá aqui para ser servido apenas com soluções prontas para uso”, declara em comunicado à imprensa, Edwin Keh, CEO do HKRITA.
O Open Lab foi inaugurado reunindo um banco de dados tecnológicos e digital com 80 projetos variados. O espaço físico adota a divisão em Planta Piloto e Laboratório do Futuro da Moda.
Como o nome indica, a área de Planta piloto faz demonstrações e testes em escala industrial de tecnologias. Já o Fashion Future Lab dá espaço a inovações em estágio inicial “com um espaço de pesquisa modular que permite rápida adaptação e dimensionamento de novas soluções”, descreve o comunicado.
A missão do Open Lab é mostrar soluções beta e pesquisas em andamento para as partes interessadas do setor. E, assim, receber feedback imediato, para ajustar, iterar (técnica para melhorias incrementais), testar e dimensionar mais rapidamente do que uma pesquisa em laboratório fechado.
IMPULSO COLABORATIVO
Já participam do Open Lab, o H&M Group, a C&A, a GAP, a Puma, a Esquel, a Crystal e a Fashion for Good. Esta semana a espanhola Jeanologia anunciou que se juntou à iniciativa, instalando equipamentos e software de tratamento.
Entre os projetos implantados, o comunicado de impresa cita o Green Machine 2.0, sistema baseado em tecnologia que separa misturas de poliéster e algodão pós-consumo por meio de tratamento hidrotérmico. Dessa forma, viabiliza a reciclagem muito necessária de tecidos mistos.
Outra frente tem o Sistema Inteligente de Classificação de Vestuário que faz o gerenciamento eficiente de resíduos têxteis pós-consumo, coletados da indústria de reciclagem de vestuário. Para isso, aplica recursos de inteligência artificial em conjunto com técnicas de análise de imagem que se concentram principalmente na espectroscopia hiperespectral.
O sistema Acousweep usa uma câmara fechada aplicando ondas acústicas para recolher e separar microplásticos da água.
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