O primeiro índice criado com base nas atividades dos expositores em Paris mostra crescimento em 2015.
Os dados do primeiro Première Vision Barometer indicam que os expositores do salão de Paris experimentaram crescimento de negócios em 2015. Segundo o novo índice, o aumento de produção foi de 2,1%, ainda que esteja abaixo do indicador da produção mundial, que registra expansão de 2,8%. O indicador foi criado no âmbito da parceria da Première Vision com o IFM (Institut Français de la Mode), prevendo o estudo econômico das atividades de negócios dos expositores da feira de Paris, cuja edição mais recente foi realizada em meados de setembro.
Os dados de produção e volume de negócios abrangem os resultados do ano passado. Mas, segundo os organizadores, a intenção é em breve divulgar os dados do primeiro semestre de 2016. Também pretende segmentar o indicador por país e ramo de atividade, de forma a traçar e acompanhar as mudanças no mercado de materiais criativos para a moda.
A pesquisa gerou dois índices: um para a indústria têxtil outro para o setor de couro. O indicador setorial contempla apenas a variação percentual dos volumes e pela metodologia adotada compara com os resultados do índice de desempenho da Unido (United Nations Industrial Developments), divulgado trimestralmente. Dessa forma, os organizadores da Première Vision avaliam que as empresas podem comparar seus próprios resultados com seus pares que também expõem na feira e com o mercado global.
O INDEX TÊXTIL
Ao isolar a performance dos expositores localizados em economias maduras (países da Europa, Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Hong Kong), o barômetro da Première Vsion mostra que a produção nesse caso cresceu 1,6%, ficando abaixo da alta de 2,1% em têxtil. Contudo, essas empresas apresentaram desempenho superior ao apurado na pesquisa da Unido, quando faz essa mesma segmentação, uma vez que o estudo da entidade mostrou queda de 1,1% nessas economias, afirma o relatório do salão de negócios.
Em particular, as empresas européias (incluindo as da Turquia) enfrentaram queda de 2,8% de produção, enquanto o volume de negócios manteve-se estável. Isso porque, dizem os responsáveis pela pesquisa, as tecelagens da Europa melhoraram o mix de produtos, preferindo ir para o segmento de luxo ao invés de buscar aumento dos volumes de produção. De seu lado, os países asiáticos desenvolvidos, adotaram estratégia inversa: baixaram os preços para aumentar o volume, de modo que, assim, a produção deles aumentou em 5,9% no mesmo período.
Embora as empresas criativas de economias emergentes, como China e países da América do Sul, tenham pouca representatividade no setor têxtil da Première Vision Paris, as que do salão participaram juntas tiveram aumento de produção de 10%, em 2015, e crescimento de 17,1%, em dólares, diz a pesquisa.