Estudo da FLA, organização americana pelo trabalho justo, revela o valor do salário a trabalhadores de fabricantes de roupas e calçados de 21 países; Brasil não está na lista.
Pela primeira vez, a FLA (Fair Labor Association), organização americana pelo trabalho justo, realizou um estudo mapeando o valor médio dos salários pagos a trabalhadores de chão de fábrica em confecções de vestuário e calçados de 21 países, lista que não inclui o Brasil. Segundo o relatório divulgado, o levantamento a ser realizado em 2016 contemplará mais seis países – Brasil, Myanmar, República da Georgia, Haiti, Itália e Tunísia.
A pesquisa inicial foi realizada no ano passado, consultando 124 fábricas que juntas empregam 134.417 funcionários. O ranking inclui o valor pago pelas fábricas e o salário mínimo legal, e que podem ser comparados os níveis de pobreza definidos pelo Banco Mundial. O relatório destaca, porém, que o estudo não pretende prescrever os níveis salariais a serem pagos, nem endossa a conveniência de terceirizar a produção para um país em detrimento de outro. Afirma que o relatório se destina a ajudar as empresas filiadas à FLA a assegurar a compensação justa ao longo de toda a cadeia de produção.
Da FLA participam empresas (não só da área de moda), universidades e outros entidades acadêmicas, representantes da sociedade civil entre outros membros. Das 124 fábricas consultadas para a pesquisa, 39 estão na China, empregando 34.621 funcionários; outras dez no Vietnã empregam 42.975.
Veja a tabela com resultados.