Reconhecida pela inovação com a Circulose, empresa sucumbiu alegando falta de financiamento suficiente.
A sueca Renewcell, fabricante do insumo Circulose premiado como importante inovação têxtil, sucumbiu aos problemas financeiros e pede falência. O Stockholm District Court aceitou as razões da empresa e decretou a falência nesta última semana de fevereiro. De capital aberto, a Renewcell tem ações negociadas no Nasdaq First North Premier Growth Market.
Sobre a decisão em que a Renewcell pede falência, o CEO da companhia Michael Bergé declarou ao mercado que a empresa “não conseguiu obter financiamento suficiente para poder concluir a revisão estratégica, anunciada em 20 de novembro de 2023, com resultado satisfatório”. Afirmou que teve negociações com dois de seus maiores acionistas, a H&M e a Girindus, assim como com os credores BNP Paribas, European Investment Bank, Finnvera, Nordea e AB Svensk Exportkredit. Ele reconhece que as dicussões não avançaram o bastante “para garantir o futuro das operações”.
CIRCULOSE
Fundada em 2012, a RenewCell ganhou reconhecimento nessa década com a inovação no desenvolvimento da Circulose, insumo produzido a partir de resíduos têxteis, de pré e pós consumo, como uma pasta de celulose solúvel. O produto substituiria com vantagens matérias-primas de alto impacto ambiental, como petróleo, na produção de fios como viscose, liocel, modal, entre outras fibras celósicas artificiais.
A despeito de acordos como os negociados com a HeiQ, a Eastman e outros pilotos, a Renewcell não conseguiu escalar a produção como planejado. Em setembro, o balanço do terceiro trimestre registrava receita líquida de SEK84,4 milhões (algo em torno de US$8 milhões) e prejuízo líquido de SEK94,5 milhões (cerca de US$9 milhões). A dívida da empresa somava SEK905 milhões (US$87 milhões), em setembro.
No total, até o final de outubro, o relatório financeiro informava a produção de 16 mil toneladas de Circulose, das quais 4,6 mil toneladas chegaram a produtores de fibras têxteis.
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