Fábrica na Finlândia produzirá 1 mil toneladas por ano da fibra têxtil à base de nanocelulose.
Fruto da joint venture entre o grupo brasileiro Suzano e a filandesa Spinnova, a Woodspin foi inaugurada com capacidade para produzir mil toneladas por ano de fibra têxtil à base de nanocelulose em escala comercial. Conforme a empresa, a nova fibra não usa produtos químicos nocivos para o meio ambiente, é reciclável, biodegradável e usa celulose retirada de árvores de floresta certificada com manejo responsável.
A previsão inicial era a Woodspin começar a operar no ano passado. Com isso, o cronograma adiou o objetivo de atingir capacidade de produção para um milhão de toneladas da fibra têxtil Spinnova até 2033 (o prazo anterior era 2029).
Em comunicado, a Suzano, maior produtora de celulose do mundo, explica que a Woodspin marca as primeiras operações industriais da companhia fora do Brasil. O investimento estimado em €22 milhões, tem partes iguais entre a Suzano e a Spinnova.
FIBRA DE QUALIDADE
O comunicado à imprensa explica que como o único subproduto da produção de Spinnova é o calor, a planta industrial não precisa de licença ambiental para operar. “Utilizando um sistema de recuperação de energia avançado, o excesso de calor é reciclado para o sistema de aquecimento distrital, com estimativa de economizar 2,4kg de CO2e por quilo de fibra produzida. Combinada com um processo de produção que não agride o meio ambiente, a unidade pioneira de grande escala da Woodspin economiza mais emissões do que gera”, ressalta o informe.
“O processo de produção de fibra patenteada da Spinnova não utiliza qualquer produto químico danoso ou dissolvente, nem gera resíduos ou microplásticos. Sua pegada de carbono é 74% menor durante o ciclo de vida e usa 99,5% menos água em comparação com a produção de algodão convencional”, declarou no comunicado Juha Salmela, CTO e Co-Fundador da Spinnova.
fotos: divulgação (crédito para Anton Sucksdorff)