A estratégia da AZM para vender a nova linha

A perspectiva da empresa, que tem licença para o jeans por dez anos, é atingir 50 mil peças mensais no primeiro ano de relançamento da marca Dijon, com a oferta inicial de 25 modelos em duas lavagens

Antes de licenciar a marca Dijon, a AZM tentou trabalhar a própria marca, em paralelo aos contratos de private label (PL), que mantinha com marcas de jeans nacionais e redes de departamento como a C&A. Chegou a lançar a Skato, dirigida ao público jovem, mas, em pouco tempo, desistiu do negócio. “É complicado criar uma marca, começando com o produto do zero”, avalia José Alves Júnior, diretor da empresa, que agora vai se dedicar exclusivamente à produção da linha Dijon.

 

Acompanhando a onda de revivals no mercado da moda, o empresário foi avaliar outras experiências de licenciamento e se animou com os resultados. A primeira coleção terá 25 modelos, produzidos em duas lavagens, somando 50 opções – metade para a linha masculina e a outra metade para a linha feminina. Em um ano, a expectativa é comercializar em torno de 50 mil calças por mês.

Dirigidos às mulheres na faixa dos 40 anos, os modelos variam de cós médio a alto, conta Alves Júnior. O corte masculino vai concorrer na faixa tradicional. O preço médio das peças será de R$ 45,00 para o atacado. O alvo é a classe C e parte da B. “É a faixa em que o consumo aumentou muito”, aponta Humberto Saade, criador da marca Dijon. Por isso, diz, nas lojas o jeans da Dijon deverá custar entre R$ 85,00 e R$ 120,00. “Para atender o Brasil todo e ter um sistema de distribuição com esse alcance, é preciso ter volume de produção”, aponta Saade. E conclui: “O momento do mercado brasileiro não está para vaidade da marca e, sim, para a vaidade do volume de consumo”.