Abusiva e Awake estudam abrir franquia na capital paulista em 2009

Durante o verão, as marcas, que pertencem ao mesmo dono, usarão uma Kombi como loja ambulante que vai percorrer o Brasil visitando os circuitos de esportes

Após mudanças de produto e investir na compra de mais maquinários, a Abusiva e a Awake, marcas fluminenses controladas pela mesma empresa que tem confecção própria em São Gonçalo (RJ), pretendem abrir franquia em algum shopping center de São Paulo no próximo ano. Outro plano é aumentar a participação do jeans de 55% para 70% a partir da coleção de inverno 2009.

 

Segundo o proprietário das marcas, Ronaldo Lessa, existe o plano de fortalecer as vendas no atacado, qualificando os pontos-de-venda e fidelizando os clientes lojistas. “Quero oferecer produtos que possam agregar valor às lojas dos clientes, como display e banners, presentear lojistas e vendedores, qualificar a equipe do ponto-de-venda, levando para as convenções da empresa, que acabam funcionando como treinamento”, explica Lessa.

 

De acordo com o empresário, no segundo semestre de 2008, um modelista conhecido por criar modelagens para grandes marcas nacionais e internacionais de jeans foi contratado para reformular todo o desenho das peças das marcas Abusiva e Awake. “Adaptamos nossas modelagens conforme as instruções dele. As mudanças foram aplicadas a partir da coleção de verão 2009 de ambas as marcas, que já está à venda nas lojas próprias e multimarcas”, afirma ele.

 

“Estou à procura de um franqueado em São Paulo, mas quero abrir somente uma franquia na capital, pois já tenho um showroom na Oscar Freire e não quero concorrer com meus clientes multimarcas”, conta o empresário. Ele ainda afirma que, em 2009, o jeans ganhará importância para as duas marcas tanto nos negócios, mas sem revelar volume de produção ou vendas.

 

 

“O jeans é o meu carro-chefe, minha fábrica está totalmente instalada para atender essa demanda, afinal, eu comecei como uma confecção de jeans que só prestava serviço para outras marcas e há oito anos decidi criar uma marca própria e atender somente a ela devido à concorrência. Sempre estou investindo em novos equipamentos”, diz Lessa, que comprou mais máquinas de ponto interrompido, eletrônica de risco, de braço, entre outras.

 

Em relação à estratégia de marketing, o empresário acredita que inovar é sempre válido para impulsionar as vendas. “Agora em dezembro colocaremos uma Kombi personalizada, algo como uma loja ambulante para circular pelo país e visitar os circuitos de esportes que acontecerão na temporada de verão. Também temos a campanha JPQ (Jeans Pra Quê?) em nossas lojas, que evidencia o produto e indica aos consumidores o tipo de jeans para cada ocasião”, explica ele.

 

A produção da Abusiva e da Awake está dividida entre três fábricas, uma para atender a demanda de jeans, que existe há 15 anos, outra de malharia, que existe há oito anos e uma terceira dedicada a confecção de peças com outros tipos de tecidos planos além do denim, que tem dois anos de existência.

 

A Abusiva atende as mulheres e está há oito anos no mercado, já a Awake atende os homens e foi criada há dois anos. “A Awake foi uma conseqüência da Abusiva, para atender as clientes que pediam muito uma marca para seus maridos e filhos”, conta Lessa. A produção de jeans é totalmente própria e a de malharia e tecido plano é dividida entre própria e terceirizada.

 

A Abusiva e a Awake têm 12 lojas próprias espalhadas pelo Rio de Janeiro e showroom em todos os estados brasileiros. “Estou no atacado há mais de dois anos e esse mercado está crescendo para mim. Consegui cobrir todo o Brasil nessa última coleção de verão, por isso tenho expectativas pretensiosas em relação a números. Pretendo dobrar o número de clientes no ano que vem”, diz Lessa sem revelar quantos pontos multimarcas atende atualmente.

 

fotos: divulgação