Amarê Fashion busca compor hub de moda

Amarê Fashion 2024 busca compor hub de moda

Criada para incentivar a moda goiana, semana assume espírito colaborativo e uso de tecnologia.

Idealizada para configurar identidade de produto à moda produzida em Goiás, a Amarê Fashion busca na edição de 2024 compor um hub de negócios de moda, estimulando o trabalho colaborativo com outras instituições do estado, e de fora do estado, como o Instituto Rio Moda, além de outros eventos locais voltados à essa indústria. O esforço passa também pelo estímulo ao uso de tecnologia pelas pequenas empresas, com destaque para o emprego de inteligência artificial como ferramenta de desenvolvimento de mercado.

Não por acaso, os organizadores escolheram Conexões como tema da 3ª edição da Amarê Fashion, realizada em 2024 de 7 a 10 de agosto, no mesmo palco das edições anteriores – o Centro Cultural Oscar Niemeyer, na capital Goiânia. Desde o início, em 2022, a realização da semana de moda goiana envolve o trabalho conjunto entre as regionais do Sebrae e do Senac, com o governo do estado.

O tema Conexões prosseguiu pela programação, que foi aberta com o desfile Monumento em Movimento, formado por um coletivo de 13 marcas que participaram de uma das trilhas de aceleração do Sebrae-GO. O desafio dessas marcas foi desenvolver peças inspiradas na arquitetura da cidade de Goiânia.

IA NOS NEGÓCIOS

Concurso da Amarê Fashion escolhe 10 projetos

Durante a Amarê Fashion 2024, o Sebrae-GO lançou um guia prático de como utilizar recursos de inteligência artifical na moda. Curto, o guia passa pelo uso da ferramenta em análise de tendências, segmentação de público, desenvolvimento de coleções, criação de estampas, no corte automatizado, campanhas de marketing, desfiles virtuais com AR (realidade aumentada) e VR (realidade virtual).

As próprias imagens do material de divulgação da semana de moda foram concebidas por IA.

DESFILES E NEGÓCIOS

A 3ª edição da Amarê Fashion assumiu novo formato em 2024. Mais compacta, ocupou o piso inferior do centro cultural, onde fica o cinema. Limitou o público na sala de desfile, que ficou ao lado do espaço reservado para as palestras. No lugar dos boxes das edições anteriores, as 18 marcas participantes apresentaram as coleções em arranjos de forma a destacar o perfil de moda autoral, de roupas, acessórios e calçados.

Pela passarela passaram marcas como Amarelo Mix, Praxedes, Isued, Jerônima Baco, Marlo e Brasil70 Bikini.

Esse mesmo perfil autoral foi adotado para compor o conjunto das marcas que participaram da rodada de negócios. Separada do evento principal, a rodada ocupou o terceiro piso do centro cultural para receber os compradores.

ESTUDANTES

Com curadoria de Jum Nakao, 20 estudantes da Senac Fashion School encerraram o primeiro dia do evento com um desfile bastante conceitual e de impacto visual. Teve intenção de valorizar aspectos da natureza do cerrado, com peças feitas de materiais como cascas de árvores e palha de milho, e do trabalho artesanal, com emprego de crochê e bordado.

Na sexta-feira, desfile dos alunos de 9 unidades do Cotec (Colégio Tecnológico do Estado de Goiás), matriculados em cursos profissionalizantes na área de moda. Conforme o estado, foram aplicados R$100 milhões na modernização da estrutura física, compra e instalação de novos equipamentos nas 32 unidades do Cotec, das quais 17 em Goiânia e as demais em outros 15 municípios.

No último dia do evento, teve a final do Concurso de Estilistas para estudantes, que usaram tecidos fornecidos pela Canatiba Têxtil para a produção dos looks.

Dos 10 finalistas, venceu a dupla de irmãos Jessyka e Yago Vindex, da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com a coleção Raízes que florescem no Cerrado. Os destaques de segundo e terceiro lugares foram para Bruna Camargo Cardoso Soares, também da UEG, com a coleção Flora Tropicália; e Ana Carolina de Araújo Moreno, da Universidade Federal de Goiás (UFG), com a coleção Neo Kaos.

fotos: divulgação (Sílvio Simões, Murillo Cortez, Magno Atos, Sérgio del Giornio)