Demanda atrai novos fornecedores
O consumo de elastano tem aumentado bastante nos últimos anos, em função, principalmente do conforto que a incorporação do filamento proporciona aos tecidos e devido à moda que tem se voltado para silhuetas mais ajustadas. Estima-se que, hoje, no mundo, a penetração do jeans com elastano varie entre 30% e 40%, de acordo com dados da Invista. E o Brasil se enquadra nesse intervalo.
Em termos de matéria-prima, o mercado mundial conta com produtores de elastano de diferentes portes e origens. O líder de mercado é a Invista, empresa controlada pelo grupo norte-americano Koch Industries. O produto dela, a Lycra, é tão conhecido que muitos consumidores a confundem com o filamento, designando-o pelo nome do produto.
Além da Invista, outros fabricantes de elastano atuam no mercado brasileiro. Porém, apenas a Invista tem produção local. A Lycra é produzida na fábrica de Paulínia, interior de São Paulo. Em Americana, outra cidade do interior paulista, a Invista produz a fibra de nylon. Até 2004, a Lycra era da DuPont, a empresa que desenvolveu o filamento. Naquele ano, a divisão Invista do grupo foi vendida para a Koch Industries, que fundiu a operação com outra controlada, a KoSa, produtora de fibras de poliéster, polímeros e intermediários, afiliada ao grupo Koch desde 1998.
Como estratégia de divulgação da Lycra, em janeiro, a Invista firmou parceria com a rede de lojas Renner, anunciada como o primeiro licenciamento da marca no segmento de jeans feminino para uma cadeia de lojas de varejo. O acordo, primeiro na nova estratégia global de licenciamentos da marca, prevê exclusividade no uso da etiqueta da marca Lycra nas calças femininas vendidas pela Renner.
A italiana Fillattice, cujo fio é registrado como Linel, vende o produto para o Brasil desde 1990 através de um importador. A partir de 2002, estabeleceu um braço no país, com a abertura da Fillattice do Brasil, em São Paulo (SP). Fornece o fio, importado, a várias tecelagens nacionais. Alegando sigilo de contrato, a empresa não divulga quais são os clientes.
Já a japonesa Asahi Kasei, atual detentora da marca Dorlastan, atua por intermédio de um distribuidor. Em março de 2006, a Asahi Kasei Fibers Corporation adquiriu da alemã Lanxess a divisão responsável pela produção do Dorlastan. O produto vendido no país também é importado. E a empresa não divulga volume de vendas nem clientes.
Além desses fornecedores, o mercado brasileiro é abastecido por empresas coreanas e chinesas.