Peças em malha representaram quase metade do volume processado pela lavanderia, alterando a composição da receita
Com a valorização da malha no mercado brasileiro, a Benatêxtil registrou ao longo do ano aumento no volume de peças processadas, mas sem a correspondência em receita. “São peças de menor valor agregado para a lavanderia”, diz Paulo Rabelo Pinheiro, diretor de operação da empresa. A título de exemplo ele conta que, em outubro, 53% da produção corresponderam a peças em denim e brins, frente a 47% de processsamento de malha. Essa relação já foi bem diferente. No início do ano, o denim respondia por cerca de 80% da atividade.
A mudança levou a uma revisão das metas. Em abril, a Benatêxtil previa encerrar o ano com faturamento de R$ 4,5 milhões, um salto importante em relação aos R$ 3 milhões obtidos em 2006. A empresa manteve, porém, o plano de investimento industrial anunciado no início de 2007.
Em maio, foi instalado o equipamento para marcação de tecido a laser, comprado da GFK, fabricante espanhola representada no Brasil pela Easy Laser. “Hoje todos os nossos bigodes são feitos na máquina a laser. O trabalho é mais uniforme e dá agilidade na produção”, avalia Pinheiro. Ele conta que por conta desse desempenho os cinco funcionários dedicados a fazer bigode nos moldes tradicionais foram realocados para o setor de lixados.
Na mesma época, a lavanderia instalou duas máquinas para fazer bigode e outros amassados, modelo Teca, do mesmo fabricante. Com esses equipamentos, a empresa reduziu o consumo de resinas, observa o executivo. E acrescenta: “Para conseguir o efeito, é possível utilizar menos resinas, assim melhorando o conforto para o cliente, pois o excesso desse produto dá um toque desagradável”. A atualização do parque de equipamentos incluiu a compra de uma máquina automatizada para tingimento da Brinox.
foto: reprodução