Até meados de outubro, o fabricante de denim vai lançar 40 artigos muito leves, voltados para alfaiataria, estreando a linha DenimTaylor Made no verão 2017.
Com o verão 2017, coleção que deverá ser apresentada ao mercado entre outubro e novembro, a Canatiba lança a linha Denim Taylor Made, com 40 produtos variados, entrando em um novo segmento de mercado. Não chega a ser uma volta às origens de tecidos de algodão estampados, porque os artigos atuais são, apesar de leves, produzidos em outras fibras, em versão PT (pronto para tingir) ou com estampas.
Três deles já integram a coleção do inverno 2016. A família Granité tem um estampado floral e outro PT, fabricados em 100% modal, com peso de 4oz e 1,39 metro de largura. O Jamie MaxSkin PT também pesa 4oz, é PT, tem 1,67 metro de largura e produzido em 100% modal. Segundo Ivna Barreto, gerente de marketing da Canatiba, o lançamento da linha não exigiu investimentos industriais, inclusive de estamparia. “Nossas fábricas estão prontas para essa mudança”, assegura a executiva
Novo tecido da linha será liberado em breve. É o estampado Ryan, de 6,5oz, em 100% liocel, em três padrões (preto e branco; vermelho; e Liberty pequeno). Com essa nova linha, a têxtil visa diversificação de mercado, atendendo segmentos muitos dos quais abastecidos por tecidos importados.
Tendências do inverno 16
Como parte da programação de divulgação da coleção do inverno 2016, apresentada em maio na Première Vision São Paulo, a Canatiba promoveu na semana passada na capital paulista o workshop de tendências apresentado pela consultora Bia Aidar, que há 19 anos pesquisa a moda do jeans. Na temporada de inverno, a Canatiba trabalhou com três temas Evoke, Inside Out e Moovement.
Segundo Bia, eles circulam por três direções. Uma tem a ver com os tecidos que incorporam tecnologia de desenvolvimento, como os super elásticos ou aqueles que proporcionam bem estar e conforto, seja pelo toque macio ou por auxiliar aspectos de beleza e saúde. Outra orientação do jeans aponta para a valorização da intervenção humana nos produtos, especialmente na parte de lavanderia, seja pelo que é feito pelo operário, como aplicação de efeitos, seja pelo que a Canatiba cita como “recriação industrializada de técnicas de reparo ancestrais”.
A terceira via do genderless, apareceu no mercado europeu, “mas, por enquanto, não despontou no Brasil”. Ela lembra que há pouco mais de uma década o mercado ainda dividia os processos em lavagens masculinas e femininas. “Isso acabou; hibridizar conceitos é importante”, avalia a consultora. Ela entende também que, no Brasil, o conceito ‘no gender’ é difícil de pegar pelo lado latino do país, principalmente das mulheres, que gostam de expor o corpo.
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