Nono no mundo, o espaço de exposição em São Paulo foi planejado para dar maior visibilidade aos produtos da empresa mediante a aproximação com o mercado.
Nesta semana, o tradicional fabricante italiano de denim Candiani inaugura showroom no Brasil. A montagem desse espaço de exposição de produtos faz parte da estratégia da empresa de se aproximar ainda mais do mercado brasileiro, no qual desembarcou em 2011. “A idéia é ficarmos mais perto de nossos clientes e do pólo têxtil. Precisamos de uma visão global do mercado, mas com abordagem local mais profunda. Acreditamos que o nosso denim precisa de mais exposição e o showroom pode ser uma solução interessante”, afirma em entrevista ao GBLjeans Alberto Candiani que, aos 32 anos, é a quarta geração à frente da empresa criada em 1938 para produzir tecidos para roupas profissionais.
O nono showroom do fabricante vai funcionar em São Paulo, no bairro do Brás. Além de Milão, na Itália, a Candiani conta com espaços de exposição em Istambul (Turquia), Munique (Alemanha), Los Angeles e Nova Iorque (Estados Unidos), Hong Kong e Shangai (China), Medellín (Colômbia). A inauguração vem acompanhada de lançamentos anunciados no final de julho durante o evento Kingpins, em Nova York e Los Angeles, conta Alberto. Entre as novidades, ele aponta a linha de tecidos batizada de The Perfect Stretch. “Trata-se de uma tecnologia sofisticada, que combina recursos de fiação e acabamento para fazer denim com strech que varia de 20% a 60%, com o melhor nível de recuperação e encolhimento encontrado no mercado atualmente”, acrescenta o executivo.
Ele conta que a “coleção brasileira” corresponde a cerca de 80% da linha geral de produtos comercializada pela Candiani. “Isso porque certos pesos (os mais pesados) não são realmente necessários nesse mercado. Também é verdade que estamos adicionando produtos específicos, dedicados à essa área do mundo”, diz Alberto. Com essa estratégia, a intenção é ampliar a participação do mercado brasileiro frente à produção global da Candiani que este ano deverá atingir 26 milhões de metros lineares, pouco acima do volume fabricado em 2013.
“O Brasil não é o mercado mais fácil de se trabalhar na América Latina. Tem grandes fabricantes domésticos de tecidos, o que torna nossa tarefa de fazer negócios ainda mais difícil”, reconhece o empresário. Atualmente, a empresa conta com carteira de dez clientes brasileiros. Europa e Estados Unidos são, de fato, os maiores compradores do denim da Candiani, informa Alberto. Com destaque no mercado europeu para Alemanha, Itália, Holanda, Suécia e França. “Também temos que considerar que nossos produtos são enviados para a chamada zona Euro-Med, que inclui o norte da África e a Turquia”, observa ele.
Fabricante antigo
A Candiani começou como uma pequena tecelagem de produtos para roupas profissionais fundada em Robecchetto, cidade a 40 quilômetros de Milão onde fica até hoje a sede e as duas fábricas de produção complementar da empresa. Verticalizou a estrutura na década de 1960 acrescentando as divisões de fiação, tingimento e acabamento. Mas, só começou bater denim em meados da década de 1970, tornando-se rapidamente uma referência em qualidade para o mundo todo.
A produção vai da fiação ao acabamento, passando por tecelagem, tingimento e estamparia. “Somos auto-suficientes desde 1978. A nova fábrica foi adicionada em 2004, quando aumentamos em 50% nossa capacidade de produção”, explica o jovem empresário. Entre os artigos mais vendidos globalmente, ele cita a linha de denim de 9 a 11oz, dividida em três níveis de stretch, que variam do conforto ao power. A cada ano, a companhia lança em torno de cem produtos, mais os 200 artigos de linha, “e o acervo pode ultrapassar os 500 produtos”, avalia Alberto.
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