Prestes a completar 70 anos, fabricante de denim viu a demanda crescer na própria base de clientes e com a conquista de novos por força da situação econômica.
Em meio a um quadro de indicadores econômicos em retração, a Capricórnio Têxtil aumentou a produção em 10% a partir do quarto trimestre, e vendeu, ainda que tenha convivido com certa perda de rentabilidade entre novembro e dezembro do ano passado. De acordo com Maria José Orione, diretora de negócios estratégicos do fabricante de denim, a demanda cresceu pelas próprias circunstâncias de mercado. O dólar em alta reprimiu as importações, aumentando a procura pelo denim nacional, ao mesmo tempo em que a pressão para cortar custos levou as empresas a procurarem novos fornecedores.
Segundo a executiva, o crescimento da produção foi em parte orgânico, a partir da própria carteira de clientes, e de outra representou a conquista de clientes que nunca haviam comprado da empresa. Prestes a celebrar 70 anos, comemorados em julho, a Capricórnio avalia que essa reação só foi possível pelos investimentos industriais de modernização realizados desde 2010. Atualmente, a produção aponta para 70 milhões de metros quadrados por ano.
Entre as ações de celebração definidas para 2016, a empresa patrocinou pela primeira vez o evento organizado pela WGSN dentro da programação da SPFW. “Foi um reforço de branding para dar visibilidade à empresa dentro de fatias em que não é conhecida, e sem abandonar o cliente antigo”, diz a diretora. O evento reuniu em torno de mil pessoas de diferentes áreas de moda, não só vestuário.
Em nova fase dos investimentos industriais, a empresa comprou um galpão de 5 mil metros quadrados ao lado da fábrica de São Carlos, a principal planta, localizada no interior de São Paulo, onde concentrará a área de novos acabamentos, que deverão estrear no mercado no verão de 2018, prevê Maria José.