No segundo semestre entram em funcionamento os novos equipamentos, com expectativa de a primeira coleção a usar os recursos ser lançada em meados de 2019
Concluída a ampliação do parque industrial de São Carlos, o maior polo de produção da empresa no interior de São Paulo, a Capricórnio Têxtil segue para a fase final de montagem dos equipamentos para a entrada em funcionamento da fábrica de acabamentos. A previsão é inciar testes e desenvolvimentos sobre os tecidos no segundo semestre. “A coleção resultante desses novos equipamentos estará disponível para o mercado no meio do primeiro semestre de 2019”, estima João Bordignon, diretor de mercado, tecnologia e inovação, cargo recentemente criado como parte das mudanças que levaram a nova geração ao comando da empresa.
Assim, a nova unidade de acabamentos, que absorveu a maior parte dos investimentos de R$ 30 milhões aplicados desde 2016, entrará em funcionamento com certo atraso em relação à previsão inicial, comum em projetos desse porte. O objetivo é ampliar o mix de artigos diferenciados, mantendo bom custo-benefício, afirma o diretor. A nova fase de investimentos será definida no segundo semestre. “Pretendemos continuar investindo e crescendo organicamente. Já estamos iniciando novo planejamento estratégico plurianual considerando as novas demandas de mercado e o esperado sucesso da nossa nova linha de produtos”, explica Bordignon.
De acordo com o executivo, em 2019, a companhia deverá consolidar no mercado três anos de intenso trabalho interno. “Chegamos ao momento de comunicar isto ao mercado, nos aproximando mais de nossos clientes e fortalecendo a nova marca”, acrescenta João Bordignon, representante da terceira geração da empresa, assim como Gustavo Manfredini, que assumiu há menos de um ano como diretor executivo. No início de 2018, foi constituído o conselho consultivo formado por três acionistas da família: Júlio Manfredini, José Seabra Marino e Sílvia Maria Manfredini Bordignon.
REVISADO CRESCIMENTO PARA O ANO
Segundo os diretores, a companhia teve um bom primeiro trimestre. O balanço financeiro dos primeiros três meses de 2018 registra aumento de 14% na receita líquida consolidada sobre igual período de 2017, alcançando R$ 114 milhões. O lucro líquido também expandiu no primeiro trimestre, subindo 40% para somar R$ 22 milhões. Os executivos apontam que o segundo trimestre foi mais difícil devido à retração do mercado interno, um alto impacto do aumento de custos atrelados ao câmbio, como produtos químicos e algodão, greve de caminhoneiros, entre outros fatores.
Em função desse cenário, a Capricórnio reviu projeções. “Foi projetado aumento de 15% para o ano, que após revisão semestral devido ao comportamento do mercado, foi reduzido para 10%”, esclarece a empresa. O ano de 2018 está sendo desafiador, com Copa do Mundo, eleições e as crises política e econômica ainda afetando muito a confiança do consumidor e dos empresários, acrescenta.
A capacidade de produção de 70 milhões de metros quadrados por ano deverá ser mantida em 2018. “Apesar de terem havido investimentos em tecelagem, também promovemos um upgrade em nossa coleção lançando artigos mais densos e estruturados, decisão que manteve constante o volume de produção”, afirma Bordignon.