Fabricante de Santa Catarina prevê crescer 15% neste ano ante 12% obtido em 2014, com planos de outsourcing vir a representar 40% até 2018.
A previsão de um 2015 difícil para a indústria em geral fez o Grupo Cativa, de Santa Catarina, revisar os investimentos previstos e ampliar a estratégia de outsourcing. Nas palavras do presidente, Gilmar Rogério Sprung, o ano é de cautela para que a empresa mantenha a saúde financeira. A previsão de crescimento para este ano, de 15%, é baixa comparada a 2012 e 2013, quando a empresa cresceu 22% e 35%, respectivamente. No ano passado, a projeção inicial era de 27%, mas alcançou apenas 12%.
“Será necessário aumentar de 20% a 30% nossa gama de importados para dar conta da escalada de custos no país, como tributos, mão de obra e energia”, afirma Sprung. Há dois anos, a empresa abriu uma fábrica no Paraguai que produziu 80 mil peças no ano passado e, em 2015, vai responder por 200 mil peças. Há mais de dez anos a Cativa importa itens de tecido plano, incluindo denim e sarja, da China e de Bangladesh, mantendo o desenho e o desenvolvimento do produto no Brasil. As três fábricas do grupo, em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, produzem 50 mil peças por dia. “Nossa previsão é que até 2018 os importados representem 40% do faturamento”, afirma o executivo.
Sprung reforça que os investimentos no Brasil continuarão a ser feitos, mas em um ritmo significativamente menor. “Tínhamos previsto um montante em agosto, mas em novembro esse valor foi reduzido em 70% devido ao enfraquecimento da economia”, afirma. Para o executivo, as empresas com boa saúde financeira vão enfrentar o ano com certa segurança e até obter crescimento. “Haverá aumento do desemprego e risco de quebradeira entre aquelas não estruturadas”, afirma. O grupo é dono de oito marcas – Cativa, Cativa in Colors, Habana, Disney, Fido Dido, Disney Vintage, Gris e B-Joe – e conta com 11 lojas próprias entre Santa Catarina e Paraná.