A lavanderia mineira vai investir no aumento da área de produção e no tratamento de efluentes com vista ao reúso de água
Tendo em vista aumentar a produção e intensificar as medidas para tratamento de efluentes, a Lavanderia Cinco Estrelas planeja mudar para uma nova sede dentro dos próximos dois anos. O investimento, estimado em cerca de R$ 1 milhão inclui a construção do prédio e a implantação de um sistema que permita reúso de água. O projeto, contudo, depende de aprovação pelos órgãos de controle.
Enquanto aguarda o resultado, a lavanderia mantém os investimentos na unidade atual, localizada na cidade de São João Nepomuceno (MG). No mês passado, a empresa comprou uma caldeira a lenha com capacidade para suportar três toneladas de tecido e concluiu reformas na estação de tratamento de efluentes, totalizando R$ 400 mil em recursos. “A nova caldeira veio substituir a antiga, movida a óleo, e vai nos ajudar a fazer uma economia maior”, explica Juari Berini, gerente administrativo da Cinco Estrelas.
O terreno da nova sede, escolhido pela proximidade de uma área com alto índice de recursos hídricos, fica ao lado do acesso principal da cidade de São João Nepomuceno (MG), aproximadamente quatro quilometros do endereço atual. Ao fim da construção, que aumenta a área de trabalho de 500 para 2,5 mil metros quadrados, o objetivo da lavanderia é fazer o reúso de até 80% da água utilizada nos beneficiamentos. O projeto prevê também captação de água da chuva. “No momento, aguardamos a autorização da FEAM (Fundação Estadual do Meio Ambiente) para iniciarmos a construção. Tanto a planta do prédio como os detalhes do projeto já estão prontos”, conta o gerente.
Mudança de controle
No mercado desde 1995, a empresa foi adquirida pelo atual proprietário, Luiz Henrique Dias de Castro, em 2003. Hoje, a lavanderia conta com 21 funcionários e a produção mensal varia entre 100 mil e 150 mil peças. A carteira de clientes inclui marcas como Forum, TNG, Redley, Oskley, Zara, Cantão e M. Officer, informa Berini. Segundo ele, os serviços terceirizados representam 70% do trabalho.
Os outros 30% correspondem à produção da confecção de jeans Lábios Mel, que também pertence a Castro. Além das próprias marcas, Zandally e Omani, a Lábios de Mel produz para outras empresas, como a Zara, destaca o gerente.
foto: arquivo GBLjeans