Comask investe em tecnologia sueca de produção

Sistema automatizado conta com dispositivo para transporte aéreo das partes a serem costuradas até às máquinas das costureiras

A fim de otimizar os trabalhos, a Comask, fornecedora de serviços de PL com confecção e lavanderia integradas, colocou em operação um sistema automático de produção que elimina os movimentos de carregamento de peças entre as costureiras. A tecnologia é da fabricante sueca Eton Systems, que instalou os equipamentos aéreos para a empresa brasileira, uma das primeiras a usar a tecnologia para a fabricação de peças em jeans no Brasil.

A programação é toda feita através de computadores que coordenam o funcionamento e as funções de cada integrante do grupo de costureiras, de acordo com a posição das mesas. Com a solução instalada desde janeiro no parque industrial de Sorocaba, no interior de São Paulo, a Comask ainda está em fase de adaptação ao sistema da Eton. Segundo Ocimar Bromatti, diretor industrial da Comask, a expectativa é para que em dois meses a empresa atinja o nível “ótimo” de produção, sem revelar detalhes sobre os indicadores. “Com o aumento da produtividade que o Eton nos proporcionou, temos expectativa de retorno do investimento em 12 meses.”, declara Fábio Américo Leme Santos, diretor da Comask.

Como funciona
O sistema consiste num ciclo de máquinas programadas que levam automaticamente as peças, previamente separadas, até as costureiras, através de uma correia transportadora aérea. Cada peça é enganchada numa espécie de cabide, com suas respectivas partes para a montagem, que percorre o caminho sobre a área de produção. Com a programação do Eton, as peças são direcionadas exatamente à costureira responsável por cada etapa da costura.



Pela correia transportadora, os cabides se movimentam de uma mesa para a outra, sendo deixados em posição estratégica para que a costureira não precise sequer tirar as peças do gancho. “O sistema elimina os movimentos da costureira, que não precisa mais tirar de uma caixa e depois depositar a peça em outra. Assim, é possível economizar a metade do tempo empregado pelas costureiras”, afirma Bromatti. Ao final do procedimento, elas simplesmente apertam um botão, que aciona a esteira para levar à próxima etapa.



Segundo o diretor da Comask, o uso do sistema só seria benéfico à produção de lotes grandes. “Por ser um sistema contínuo, se você tiver que produzir um lote pequeno, teria que parar a produção para alterar toda a programação. Assim, não compensa, pois é tempo gasto sem produção”, explica Bromatti. Para atender aos lotes menores, a Comask mantém o circuito tradicional de confecção, sem o sistema Eton, funcionando em paralelo.



Para manter o ritmo, são necessárias algumas precauções, como manter máquina reserva no caso de algum equipamento quebrar. “É preciso ter, ao menos, uma máquina reserva de cada tipo de equipamento usado na produção. Se o técnico identifica que o conserto vai levar mais de dez minutos, é necessário substituir a máquina de forma a não interromper a produção”, reforça o diretor.

fotos: Comask