Atualmente, marca de jeans nacional opera com 120 pontos de venda, todos próprios.
Em 2024, quando completará 45 anos de mercado, a Damyller planeja abrir de 10 a 12 lojas de varejo. A expectativa é retornar às cidades do Rio de Janeiro e de Vitória (ES), conta Damylla Damiani, porta-voz da empresa que o pai fundou em 1979. Conforme a executiva, serão abertos pontos em cidades nas quais a marca de jeans ainda não opera, e outras onde tem interesse de ampliar presença.
“São Paulo capital é um mercado que a gente quer entrar. Se não for em 2024, vai ser em 2025”, afirma. A marca chegou a ter uma loja em um shopping center da capital paulista, que não rendeu os resultados esperados e a operação foi encerrada. No próximo movimento, a Damyller planeja abrir pelo menos três lojas de uma vez na cidade de São Paulo, de forma a marcar presença, explica Damylla.
Atualmente, a marca opera 120 pontos de venda de varejo físico, todos próprios. O mais recente foi inaugurado em Sorocaba, cidade do interior paulista.
Completam o canal de vendas da marca, o ecommerce de varejo e o atacado que atende 700 multimarcas.
CÁPSULA DE ALGODÃO REGENERATIVO
Com a frase ‘o jeans mais sustentável do Brasil’, a Damyller planeja destacar os investimentos realizados em boas práticas produtivas, desde a contrução da primeira estação de tratamento de efluentes (ETE), em 1986, no parque fabril de Nova Veneza, cidade de Santa Catarina. Na parte de produtos, a ação mais recente inclui a parceria com a Vicunha para desenvolver uma cápsula com quatro calças jeans femininas produzidas com denim que traz algodão regenerativo na composição.
Conforme Damylla, os novos modelos integram a coleção de inverno de 2024, que chegará ao mercado entre fevereiro e março.
De atuação verticalizada, da produção ao varejo, a Damyller conta com dois parques fabris, incluindo a área de lavanderia. O principal em Nova Veneza ocupa 19 mil metros quadrados de uma área total de 38 mil metros quadrados. Tem uma segunda planta em Criciúma, também em Santa Catarina, de 3,5 mil metros quadrados, que desde o ano passado produz 90% da energia elétrica que consome a partir da instalação de uma usina fotovoltaica própria.
ECONOMIA DE RECURSOS
Desde 2020, a Damyller publica relatório de sustentabilidade. O mais recente aborda os dados de 2022. Com seis máquinas de marcação a laser, duas de ozônio e mais o equipamento Atmos instalado no ano passado, a companhia afirma que ao longo do ano reduziu o consumo em 17,5 milhões de litros de água e 3,2 toneladas de produtos químicos.
Damylla conta que 80% do jeans que a empresa produz passam pelo processo do Atmos, algo em torno a 1 milhão de peças. Os 20% restantes representam jeans apenas amaciados. A empresa só não produz camisas e polos, importados do Peru.
fotos: GBLjeans (peças apresentadas em evento na Vicunha)