A tradicional marca do Brás fortalece a participação no mercado plus size, desfilando em eventos orientados para tamanhos grandes, e reforça os modelos da linha masculina
Com 52 anos de mercado, a Dardak Jeans investe na divulgação da marca e participa de eventos direcionados para fortalecer a imagem no segmento plus size. No mês passado, além da publicidade habitual, que inclui o patrocínio de atletas e veiculação de propaganda na televisão, a marca participou do Fashion Weekend Plus Size, evento que destaca modelos para tamanhos grandes, responsáveis por cerca de 60% da produção da Dardak.
“Planejamos participar de outros eventos, tanto do segmento de tamanhos grandes como do masculino e feminino, pois, isso ajuda a divulgar a marca. Para chamar a atenção do consumidor para a linha masculina da marca, que ganhou espaço diferenciado na loja e apela para um público aventureiro e de gosto refinado, patrocinamos atletas de diferentes estilos, como pára-quedistas e escaladores”, conta Alexandre Dardak, diretor da marca, acrescentando que, neste ano, a marca passou a dar mais atenção para o segmento masculino, incluindo novos modelos e tecidos diferenciados na linha.
Segundo ele, a marca não costuma estabelecer metas ou estimativas de crescimento para o ano. “Nosso foco não está somente no crescimento da empresa em relação a números de produção ou de clientes e, sim, no aumento de qualidade dos produtos, da equipe e de oportunidades de emprego. Por meio de uma boa estrutura, a empresa terá um crescimento natural”, acredita o executivo, sem revelar o volume de produção da marca.
Com cerca de 2 mil multimarcas no Brasil, a Dardak tem a maior parte da rede de revendas dividida entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sem lojas próprias, a empresa conta com 70 funcionários diretos e trabalha apenas vendendo para o atacado. Mantém uma loja de pronta entrega localizada em São Paulo, no bairro do Brás, responsável por até 95% das vendas da marca.
Com exceção das etapas de corte e parte do acabamento, a produção da Dardak é toda terceirizada. São cerca de 20 modelos diferentes lançados por semana na loja da marca, que não trabalha com coleções fechadas. Para o verão 2011, a marca optou pela inspiração no vintage, com o visual detonado do jeans, que ganha patches, rasgos e puídos. De acordo com a estilista Talita Macedo, o jeans colorido ganha espaço em tingimentos fortes e vivos de vermelho, azul, verde, pink e roxo, enquanto preto, azul, caqui e tons de influência militar são os principais nas peças utilitárias da coleção, que incluem modelos de cargo skinny.
Na linha feminina, vestidos e saias aparecem com a cintura bem marcada, enquanto macaquinhos e macacões trazem ganchos alongados e os shorts deixam à mostra os forros estampados. Estampas florais suaves também podem ser vistas na coleção, e linhas de costura contrastantes ajudam a diferenciar alguns dos modelos. Nas calças, as principais modelagens femininas variam entre jeggings, boyfirends, skinnies e semi-bags. Na linha masculina, as principais modelagens são as mais justas, e o modelo skinny de gancho alongado é um dos destaques.
Inverno 2011
Para o inverno 2011, a empresa contará com modelagens comfort, slim e skinny para o público masculino, além de incluir as influências militares no segmento, que tem até 70% de suas peças confeccionadas com tecidos que contam com elastano na composição. Os modelos utilitários serão o destaque na coleção feminina, e peças de gancho solto e pernas afuniladas, além da cargo skinny, serão os pontos altos da linha.
Histórico
A marca iniciou sua história com a vinda dos irmãos Dardak da cidade de Antioquia, na Síria, para o Brasil. Comercializando peças de diferentes confecções em feiras do país desde 1958, a empresa abriu sua primeira loja em 1962, na rua Bresser, no bairro do Brás, em São Paulo (SP).
Depois de atuar por alguns anos como multimarcas de estilo social, a empresa passou a criar seus próprios modelos. A ligação da Dardak com o denim surgiu há cerca de 15 anos, quando os irmãos decidiram vender alguns modelos de jeans da marca de um amigo da família. “Percebemos que o giro do denim era muito alto na loja e passamos a criar modelos próprios, que foram tomando conta do espaço da loja e em cerca de sete anos substituiu totalmente a produção das peças sociais de antigamente, fazendo com que 100% dos produtos da empresa fossem representados pelo jeans”, explica o diretor da marca.
fotos: GBLjeans