Depois de seis coleções, a marca mineira planeja aumentar exportações e investir em malhas diferenciadas
“Começamos a fazer jeans em função da demanda dos clientes. No começo vendia bem, mas depois foi decaindo. Agora, decidimos focar no DNA da marca que são roupas femininas, vestidos, saias e blusas, com tecidos diferenciados, texturas, aplicações, aviamentos especiais”. A decisão é recente, conta Dayse Soares, proprietária e diretora de estilo da marca, que pela primeira vez nos 20 anos da grife contratou uma consultoria voltada para a área comercial.
A Consultiv, que presta assessoria para Colcci e outras empresas do grupo Menegotti, confirmou a vontade que a empresária já sentia de parar de fabricar jeans. “Eu adoro jeans, mas prefiro desenhar roupas mais leves e femininas. É mais a característica da marca”, confessa. As peças de denim somavam no máximo cinco modelos e não alcançavam nem 10% das vendas da empresa. “Vender jeans é mais complicado, o mercado quer quantidade”, constata Dayse.
A aposentadoria da linha jeanswear, no entanto, não acabou com a preocupação de Dayse em relação ao beneficiamento. “Usamos lavanderia para malha e acabamento, mas é difícil achar um parceiro bom. Já pensei em montar uma lavanderia. Hoje, nós temos uma tinturaria aqui para fazer o trabalho da nossa maneira”, relata.
O próximo passo da Drosófila é expandir as exportações da linha chamada de Limited, composta de roupas que aparecem no desfile do Fashion Rio e com valores um pouco mais elevados. As vendas para o exterior somam hoje 5% do faturamento da empresa.
“Atualmente, exportamos para Canadá, Espanha e Japão. Acabamos de vender para Dubai e de entrar em um showroom em Milão. Estamos trabalhando com uma pessoa que tem experiência na Gucci e na Fendi e que irá buscar novas oportunidade para nós”, revela a estilista. O foco das vendas da grife são as lojas multimarcas, 350 espalhadas pelo Brasil, 40% em Minas Gerais e 30% no eixo Rio- São Paulo. Varejo não está nos planos da empresária.