Desde o ano passado, a marca mineira vem comprando modelos em sarja da China e em malha, do Peru
A coleção de inverno 2010 será a terceira da DTA a contar com produtos importados. Os modelos vindos de fora representam 15% da produção. A marca mineira compra modelos em sarja da China e malharia do Peru. Com essa operação, a empresa prevê crescimento de até 7% no número de multimarcas com as quais trabalha e no volume de produção total da marca em 2010.
“Para produzirmos os acabamentos a que temos acesso na China e adquirir tecidos da qualidade que compramos no Peru, a produção ficaria muito cara para o consumidor brasileiro. Importando peças prontas, o cliente e o lojista ganham em qualidade e não pagam nada a mais por isso”, garante Regina Matina, sócia e diretora de produto da DTA.
Segundo a empresária, a equipe local da marca desenvolve os modelos confeccionados por fornecedores da China e do Peru. Localizada na cidade mineira de Betim, a fábrica da marca conta com 400 funcionários e produz até 12% do volume comercializado pela DTA. Os outros 88% da produção estão divididos entre as importações, que representam 15%, e cerca de cem facções mineiras, que sustentam 73% do volume total. Todo o desenvolvimento e a criação dos produtos são feitos pela própria marca, que conta com lavanderia própria e, por isso, cria os beneficiamentos aplicados nas peças que entram nas coleções.
Para oferecer diferenciais ao consumidor, Regina conta que a DTA trabalha com variações de cós, cintura, pernas e etiquetas nas calças das coleções. “O lojista tem que achar produtos para pessoas diferentes, que podem gostar de peças detalhadas ou mais sóbrias. As etiquetas e as filigranas, por exemplo, nunca se repetem em mais de dois modelos de calça por coleção, para que o consumidor possa ter alternativas e comprar o que mais combinar com seu gosto”, comenta Regina.
Segundo ela, a medida do cós feminino da DTA varia de quatro até nove centímetros. São três alturas de gancho para cintura baixa, super baixa, baixíssima e média. Focada em modelagens mais justas para o inverno 2010, a marca também disponibiliza peças retas e mais amplas na coleção, buscando oferecer grande variedade entre os cerca de 600 modelos por coleção.
Com duas coleções anuais, referentes ao verão e ao inverno, a marca direciona 70% dos modelos para o público feminino e o restante para o masculino. Atualmente, até 600 mil peças são confeccionadas para a marca por ano, sendo 40% desse volume representado pelo jeans. Comercializada por meio de uma loja própria, uma franquia e cerca de 800 pontos multimarcas, dos quais 40% estão em Minas Gerais, a DTA conta com 12 representantes no Brasil.
Inverno 2010
Na estação, a coleção DTA terá formas mais justas, com destaque para as jeggings (mistura de jeans com legging). As bases são escuras e passeiam entre tons de black, cinza e azul. Mais leves, os tecidos denim aparecem com gramatura de 7oz a 8oz, sempre com elastano na composição.
Na linha feminina, a marca trabalha modelagens skinny, superskinny, carrot, saruel para as calças. Além do modelo boyfriend para calças e bermudas. Para os homens, a marca produziu calças em estilo clássico e retas, que são mais próximas ao corpo sem ser justas. Os efeitos aplicados em lavanderia para a coleção de inverno variam entre lixados, puídos, estrias, bigodes 3D e desgastes, além de resinas para evitar o desbote do tecido.
Os detalhes rasgados aparecem pouco e sempre contam com proteção no lado interno da peça para que o efeito não seja alterado com o tempo de uso e as lavagens domésticas. Vestidos e saias em denim também compõem a coleção, assim como as jaquetas perfecto e bicker, que seguem a tendência glam rock do próximo inverno.
fotos: divulgação