Núcleo do Sebrae negocia com órgãos públicos a liberação de área para construção de distrito com capacidade para abrigar até 20 processadoras de roupas das áreas de jeans, doméstica e industrial
O planejamento estratégico para 2008 da câmara de lavanderias de Goiás, núcleo do qual participam beneficiadoras de Goiânia sob a coordenação da regional do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), prevê a construção de um pólo exclusivo para abrigar as empresas do projeto. Se as negociações com órgãos municipais e estaduais prosperarem, a meta é o pólo estar operacional em 2010.
“Vamos negociar a liberação de uma área para criar um pólo de lavanderias, para onde as empresas se mudariam”, conta Maria Cristina Franco Paulino, consultora do núcleo que compõe uma das 17 câmaras empresariais constituídas pelo Projeto Metrópole, criado para estimular ações associativas entre empresas de um mesmo ramo. O grupo é formado, atualmente, por 14 lavanderias dos ramos industrial (jeans, uniformes e branca) e doméstico.
De acordo com a consultora, o grupo de lavanderias deverá se encontrar com o prefeito de Goiânia, Íris Resende, no final de janeiro. Também estão previstas reuniões com secretários de estado para conseguir a liberação de uma área pública na cidade para criação do pólo.
A construção do distrito industrial também seguiria o viés associativista. A idéia é firmar parceria com a Saneago (Companhia de Saneamento Básico de Goiás) a fim de instalar uma estação de tratamentos de efluentes única para todo o pólo. “As empresas teriam apenas caixas separadoras, que retêm os efluentes sólidos, e a outra parte seguiria para o tratamento biológico com a finalidade de retirar os corantes e outros produtos químicos utilizados nos processos”, explica Maria Cristina.
Com a companhia de gás local será discutida a viabilidade de duas lavanderias compartilharem a mesma caldeira. Além dessas iniciativas, conseguindo a área, o próximo passo, será negociar com o Banco do Brasil linhas especiais de crédito para facilitar o investimento na construção dos galpões, “uma vez o maquinário as lavanderias já dispõem”, lembra a consultora.
Aperto na fiscalização
Para combater a concorrência predatória
exercida pelas lavanderias clandestinas,
especialmente no segmento de jeans, o
núcleo do Sebrae participou de encontros
com os órgãos regionais reivindicando
ações de fiscalização mais rigorosas, que
deverão acontecer a partir de março do
próximo ano, informa Maria Cristina
Franco Paulino, consultora do Sebrae
responsável pela câmara de lavanderias.
Ela destaca, ainda, outras iniciativas
organizadas pelo núcleo, como a
constituição de quatro comitês – marketing;
capacitação e qualificação; recursos
financeiros; e parcerias. O enfoque especial
será na capacitação dos empresários como
gestores. Para todas as ações de
qualificação, como cursos e palestras, o
Sebrae garante a contrapartida de 30% do
valor investido, conta a consultora.
