Grupo Forum pretende aumentar a rede para 150 lojas, em 2008

A expansão de 50% reflete a estratégia de operar com cinco marcas diferentes e investir na malha de distribuição, entre unidades próprias e franquiadas

Ao final do primeiro ano de operação do modelo de segmentação de marcas, o grupo que reúne Forum, Forum Tufi Duek, Tufi Duek,Triton e Carina Duek, traça planos de expansão a partir de 2008, com especial atenção para a malha de distribuição dos produtos. A meta é aumentar em 50% o número de lojas, entre próprias e franquiadas. Depois das mudanças, como incorporação de franquias, pontos-de-venda fechados por descompasso com a nova estratégia e alteração de bandeira, a rede conta atualmente com cem lojas, das quais 40% próprias.

Segundo José Carlos Crespo, diretor de negócios que há quase 20 anos trabalha no grupo, os resultados da segmentação da Forum em três grifes distintas – Forum, Forum Tufi Duek e Tufi Duek – são positivos. “Ao segmentar, aumentamos o número de clientes, porque ficou mais fácil de atender a perfis de compra diferentes e, portanto, aumentando o potencial de vendas das lojas”, explica o executivo.

Quando a empresa anunciou o modelo segmentado ao mercado, no final do ano passado, estabeleceu metas de crescimento ambiciosas. Entre as quais, a intenção de multiplicar por três o volume de faturamento da época até 2010. Embora a empresa não revelasse valores, o mercado calculara a receita anual do grupo em US$250 milhões. Crespo também não fala em valores, mas confirma que a meta está mantida.

O jeans, que há dez anos respondia por 80% do faturamento do grupo, no mix atual representa 40%. Os outros 60% são obtidos com as vendas de artigos de luxo, como vestidos de seda, itens de malharia e acessórios (bolsas, cintos, sapatos, óculos e perfume). A queda de 15% nas vendas de jeans registrada em 2007 é debitada a fatores que afetaram o mercado da moda no Brasil de maneira geral, avalia o diretor. Parte do dinheiro destinado a compra de roupas foi aplicada em gadgets eletrônicos, como novos modelos de celulares e tocadores portáteis de MP3, aponta ele. Nada a ver, acredita, com a pressão exercida pelo desembarque do jeans de luxo importado sobre as marcas top brasileiras.

Para 2008, as projeções são de, pelo menos, recuperar a retração de 15% amargada este ano. Isso significa que, de acordo com o diretor, entre denim e brins, a expectativa é retomar o patamar de 2006 – cerca de 500 mil peças por ano.

fotos: repodução